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São Paulo, domingo, 05 de outubro de 2003

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NOVOS ANDARILHOS

Em ano de eleições, São Paulo planeja dar subsídios para evitar reajuste da passagem de ônibus

Prefeitura deve "congelar" tarifa em 2004

DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo não pretende elevar a tarifa de ônibus em 2004, quando Marta Suplicy (PT) deverá tentar a reeleição, embora os contratos firmados neste ano com viações e perueiros garantam a correção da remuneração deles conforme uma fórmula estabelecida na licitação.
O diretor-adjunto de gestão econômica e financeira da SPTrans (órgão municipal que cuida do transporte coletivo), Adauto Farias, diz que a prefeitura espera elevar a demanda e provavelmente dará subsídios.
A proposta orçamentária enviada à Câmara Municipal contempla R$ 280 milhões para subvenções das gratuidades -dinheiro suficiente para a compra de 1.860 ônibus zero-quilômetro, 23% da frota atual das empresas.
A gestão Marta chegou a anunciar como uma de suas principais realizações ter acabado com os subsídios ao setor em maio de 2001. Ela voltou a repassar verba orçamentária às empresas de ônibus e perueiros em junho deste ano, visando remunerar os operadores pelo transporte gratuito de idosos -que era feito, até então, sem nenhuma compensação.
A quantia em subvenções reservada para 2004 também se baseia nesse argumento. "Seria um tiro no pé [aumentar a passagem no que vem]", afirma Farias, em referência à redução da demanda.
Ele diz ser uma "coincidência" a decisão da atual gestão de, mais uma vez, congelar a tarifa num ano eleitoral. De 1994 para cá, a prefeitura deixou de conceder reajuste da passagem de ônibus apenas em dois anos de eleições -em 2000 (gestão Pitta) e em 2002 (gestão Marta).


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