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São Paulo, sexta-feira, 05 de dezembro de 2003

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Elo com adoção será investigado

DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

A Polícia Federal vai investigar eventuais ligações entre a quadrilha acusada de traficar órgãos humanos e as adoções internacionais de crianças brasileiras.
O objetivo é verificar a possibilidade de algumas adoções por estrangeiros terem tido como finalidade principal a retirada de órgãos para abastecer o mercado clandestino internacional.
Em Pernambuco, a Justiça chegou a suspender as adoções internacionais para investigações, anos atrás. Entretanto, nenhum caso ligado ao tráfico de órgãos foi confirmado.
A PF também vai cruzar as informações de que dispõe para tentar relacionar o crime com o tráfico internacional de pessoas -principalmente mulheres-, cooptadas para a prostituição.
Até agora, informou a polícia, nenhum indício de ligação foi encontrado. Também não foram encontrados sinais de que os 11 acusados presos terça-feira em Recife atuariam no tráfico de outros órgãos, além do rim.
Os policiais continuam procurando outros possíveis envolvidos, apesar de considerarem que a cúpula da quadrilha em Pernambuco já está presa.
Segundo a polícia, ainda estão livres alguns agenciadores -pessoas que integraram a base da pirâmide na hierarquia do grupo-, responsáveis pelo contato com potenciais vendedores de rins.
Um dos intermediários ainda em liberdade, identificado apenas como Tiago, não foi encontrado pela reportagem. A casa onde vivia com a mulher está vazia. Segundo ex-vizinhos, Tiago era uma pessoa reservada. No bar onde costumava almoçar, a notícia do seu suposto envolvimento no caso causou surpresa.
No bairro onde Tiago moraria e atuaria, a lei do silêncio impera. Todos afirmam que desconhecem o caso. (FG)


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