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Elo com adoção será investigado
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
A Polícia Federal vai investigar
eventuais ligações entre a quadrilha acusada de traficar órgãos humanos e as adoções internacionais de crianças brasileiras.
O objetivo é verificar a possibilidade de algumas adoções por estrangeiros terem tido como finalidade principal a retirada de órgãos para abastecer o mercado
clandestino internacional.
Em Pernambuco, a Justiça chegou a suspender as adoções internacionais para investigações,
anos atrás. Entretanto, nenhum
caso ligado ao tráfico de órgãos foi
confirmado.
A PF também vai cruzar as informações de que dispõe para
tentar relacionar o crime com o
tráfico internacional de pessoas
-principalmente mulheres-,
cooptadas para a prostituição.
Até agora, informou a polícia,
nenhum indício de ligação foi encontrado. Também não foram
encontrados sinais de que os 11
acusados presos terça-feira em
Recife atuariam no tráfico de outros órgãos, além do rim.
Os policiais continuam procurando outros possíveis envolvidos, apesar de considerarem que
a cúpula da quadrilha em Pernambuco já está presa.
Segundo a polícia, ainda estão
livres alguns agenciadores -pessoas que integraram a base da pirâmide na hierarquia do grupo-,
responsáveis pelo contato com
potenciais vendedores de rins.
Um dos intermediários ainda
em liberdade, identificado apenas
como Tiago, não foi encontrado
pela reportagem. A casa onde vivia com a mulher está vazia. Segundo ex-vizinhos, Tiago era uma
pessoa reservada. No bar onde
costumava almoçar, a notícia do
seu suposto envolvimento no caso causou surpresa.
No bairro onde Tiago moraria e
atuaria, a lei do silêncio impera.
Todos afirmam que desconhecem o caso.
(FG)
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