São Paulo, Quinta-feira, 06 de Janeiro de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Governo dá crédito para casas e móveis

DANIELA NAHASS
free-lance para a Folha

O governo federal anunciou ontem medidas para atender a população atingida pelas enchentes nos Estados do Rio, de Minas e São Paulo. Dentre elas, a reconstrução de casas para a população de baixa renda (que ganha até um salário mínimo) e a abertura de uma linha de crédito na Caixa Econômica Federal para financiar a compra de eletrodomésticos e móveis perdidos na enchente.
O financiamento também será estendido às famílias de classe média e média-baixa para a reconstrução ou reforma das casas invadidas pelas águas. Durante um período determinado, a Defesa Civil ainda vai fornecer cestas básicas e kits de limpeza.
Estas medidas são complementares à liberação da verba de R$ 5 milhões que já está disponível no Ministério da Integração Nacional. O secretário da Defesa Civil do ministério, Pedro Sanguinetti, disse que esse dinheiro será usado apenas na fase emergencial, que deve durar cerca de 15 dias.
Os R$ 5 milhões liberados ontem serão utilizados na compra de alimentos, medicamentos e alojamento dos desabrigados.
Sanguinetti não soube explicar como será priorizada a distribuição do dinheiro. Afirmou apenas que os prefeitos precisam enviar um ofício ao ministério.
O prefeito de Itajubá (sul de Minas), Francisco Marques (PSDB), já enviou o seu pedido. Dentre outras coisas, o prefeito solicita 5.000 quilos de arroz, 5.000 quilos de feijão, 5.000 latas de óleo, além de medicamentos e colchões. "Vamos atender primeiro Itajubá, mas não é porque o presidente visitou a cidade", disse.
Sanguinetti não soube informar quanto o governo federal vai gastar com as medidas complementares anunciadas ontem, mas disse que a área econômica lhe garantiu que não vai faltar dinheiro para atender as emergências. "Só poderemos fazer uma avaliação real dos prejuízos depois que as águas abaixarem", afirmou.
O secretário reclamou da falta de ações preventivas, de responsabilidade de outros órgãos do governo, que poderiam evitar ou amenizar os efeitos das enchentes. "Os órgãos setoriais, como a Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano, deveriam fazer ações preventivas, mas, na prática, isso não acontece. Para a Defesa Civil só cabe reconstruir."
Segundo Sanguinetti, somente em novembro a área econômica do governo começou a liberar as verbas previstas para o Ministério da Integração Regional no Orçamento de 1999.



Texto Anterior: Critério para liberar verba é político
Próximo Texto: Covas duvida que chegue a SP verba liberada por FHC
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.