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SP tem 35 fiscais para todo o setor
DA REPORTAGEM LOCAL
A melhoria das condições sanitárias e da qualidade dos alimentos oferecidos pelos restaurantes
self-service só deve acontecer
quando a população aprender a
denunciar as irregularidades.
Essa é a opinião de Waldemar
José Sá de Azevedo, 47, diretor
técnico do departamento de inspeção municipal de alimentos da
Semab (Secretaria Municipal de
Abastecimento).
Mas, mesmo que as denúncias
fossem mais frequentes, dificilmente a Semab conseguiria atender a demanda. Há apenas 35 técnicos para fiscalizar todo o comércio varejista de alimentos na
cidade, mais de 80 mil estabelecimentos. Apenas sete funcionários
trabalham com surtos de intoxicações alimentares.
No ano passado, das 3.789 denúncias recebidas, 51% foram verificadas no local pelos técnicos.
Houve no período 577 interdições, segundo a Semab.
O universo de restaurantes self-service ainda é um enigma para a
Semab, que inicia neste ano um
recadastramento para criar um
novo cronograma de fiscalização.
A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos estima que
existam na capital cerca de 5.000
restaurantes, sendo que 50% seriam "por quilo".
As fiscalizações são feitas basicamente a partir de denúncias.
Segundo Azevedo, a partir da municipalização da Vigilância Sanitária, a idéia é criar 39 equipes
(com cinco funcionários cada).
"Temos de descentralizar esse
serviço, criar mais canais que possibilitem a denúncia", diz.
Segundo ele, os donos de restaurantes são treinados na Semab
antes de obter o alvará de funcionamento. Além disso, recebem
material informativo. "Se existem
tantas irregularidades, não é por
falta de informação", diz.
O médico Alexandre Momesso
acha os comerciantes despreparados. "A maioria não sabia qual a
temperatura adequada para a exposição dos alimentos", afirma.
Para ele, falta rigor da prefeitura
na hora de expedir o alvará de
funcionamento de restaurantes.
Para ele, os donos deveriam ser
obrigados a colocar termômetro
nos balcões para que o cliente pudesse fiscalizar a temperatura.
Segundo Azevedo, o novo código sanitário, que passa a vigorar
neste ano em São Paulo, já prevê a
obrigatoriedade desse item.
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