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TAM lidera queixas nos juizados dos aeroportos de SP
Entre principais reclamações estão atrasos e cancelamentos de voos, violação e furto de bagagem e overbooking
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE SÃO PAULO
Apesar da pequena diferença na fatia de mercado e
do número muito próximo de
voos, a TAM lidera o número
de queixas nos juizados dos
aeroportos de Guarulhos e
Congonhas, em São Paulo,
com mais que o dobro das reclamações da Gol.
Balanço do Tribunal de
Justiça revela que, de 23 julho de 2010, quando foram
abertos, a 3 de janeiro deste
ano, foram 976 queixas contra a TAM, 759 delas em Guarulhos e 217 em Congonhas.
As principais são falta de
assistência, atrasos e cancelamentos de voos, extravio,
violação e furto de bagagem
e overbooking (quando a empresa emite mais bilhetes do
que os assentos disponíveis).
A Gol teve 476 notificações, 356 em Guarulhos e 120
em Congonhas. Ao todo, foram 2.609 (2.210 em Guarulhos e 399 em Congonhas).
A "liderança" surge num
momento em que a TAM enfrenta uma operação-padrão
de pilotos e comissários contra o excesso de horas trabalhadas e a cassação de folgas.
Desde o início da semana,
ela tem tido atrasos e cancelamentos de voos em cascata
em todo o país por problemas
na escala da tripulação.
"Levei 6 horas na ponte aérea RJ-SP, o tempo que levaria de ônibus", diz o empresário Rodrigo Furlanetto.
"Só o fato de ter juizado no
aeroporto já mostra que o sistema está falido. A Justiça
ataca as consequências, não
as causas. Juizado em aeroporto só existe no Brasil", diz
Cláudio Candiota, presidente
da Andep (Associação Nacional em Defesa dos Direitos
dos Passageiros).
OUTRO LADO
Em nota, a TAM diz estar
"sempre empenhada em
prestar o melhor serviço aos
clientes" e afirma cumprir
"todas as exigências de atendimento ao passageiro".
A Gol diz que "não mede
esforços para atender melhor
os passageiros e que, para ter
uma leitura precisa, é necessário levar em conta a relação
entre o número de ocorrências e de operações".
Até as 19h, a TAM havia
feito 692 decolagens no país,
contra 672 da Gol.
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