São Paulo, terça-feira, 06 de março de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

contra

Para OAB, vídeo pode intimidar preso

DA REPORTAGEM LOCAL

Contrário aos interrogatórios por videoconferência, o presidente da OAB/ SP (Ordem dos Advogados do Brasil), Luiz Flávio Borges D'Urso, afirma que a lei se sobrepõe ao custo. Segundo ele, o preso tem direito de ser ouvido na presença de um juiz. A OAB propõe, no entanto, uma alternativa mais barata: que o juiz vá até a unidade prisional.

 

FOLHA - Por que a OAB é contra a videoconferência?
LUIZ FLÁVIO BORGES D'URSO
- É um direito do acusado de estar fisicamente na presença do juiz. Nós temos de cumprir a lei. E a lei se sobrepõe ao custo. No ambiente forense, o preso tem liberdade para se manifestar. Até para relatar que está sofrendo violência no presídio. O acusado na unidade prisional poderia falar isso ao juiz pela videoconferência?

FOLHA - A videoconferência facilita a intimidação?
D'URSO
- O preso pode ser intimidado, sim. Ocorrem casos em que o preso pede para falar reservadamente com o juiz. O juiz pode esvaziar o local e ouvi-lo. Na videoconferência, isso é impossível.

FOLHA - E quanto ao menor custo e risco pregado pelos defensores da videoconferência?
D'URSO
- É óbvio que a OAB se preocupa com a segurança. O deslocamento de um autor de vários crimes é sempre arriscado. Qual alternativa pode ser adotada: o juiz se deslocar para a prisão. Ele não ficaria na cela, mas na área administrativa da prisão.


Texto Anterior: A favor: Conferência por vídeo não é ilegal, diz juiz
Próximo Texto: Roubo em Moema: Preso mais um acusado de assaltar banco
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.