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Novo coordenador elogia Soares
da Sucursal do Rio
Em sua primeira entrevista como coordenador de Segurança
Pública e Justiça do Rio, o coronel
PM Jorge da Silva anunciou que
implementará no cargo a mesma
política que defendia em 1991,
quando ocupou a subsecretaria
de Segurança no segundo governo de Leonel Brizola.
"A polícia deve ter outro foco de
atuação, valorizando a proteção
dos cidadãos e não a guerra nas
ruas", disse Silva, 56 anos.
"Minhas idéias permanecem as
mesmas de dez anos atrás, o que
mudou foi a compreensão da sociedade sobre os temas dos direitos humanos e da cidadania",
afirmou, fazendo alusão ao trabalho realizado ao lado do secretário
de Polícia Militar Carlos Magno
Nazareth Cerqueira, assassinado
em setembro de 1999.
O coronel compareceu ao encontro com a imprensa acompanhado pelo secretário-executivo
do governo, Luiz Rogério Magalhães, pelo secretário de Segurança, Josias Quintal, e pelo chefe da
Polícia Civil, Rafik Louzada.
"Estou aqui para dar continuidade aos projetos desenvolvidos,
como a Delegacia Legal, por
exemplo. Poderei modificar um
detalhe ou outro num projeto,
por questão de personalidade,
mas todos serão levados adiante
sem nenhum problema", disse.
Assim como seu antecessor, o
sociólogo Luiz Eduardo Soares, o
novo coordenador terá uma relação hierárquica dúbia com o secretário de Segurança Josias
Quintal, não ficando claro quem é
subordinado a quem. "Minha
função é zelar pela aplicação do
programa de governo para a
área", disse Silva. "Mas quem
manda é o coronel Josias", completou Luiz Rogério Magalhães.
Jorge da Silva elogiou Luiz
Eduardo Soares e lamentou não
poder contar com "algumas pessoas" da equipe de seu antecessor:
"São especialistas, da maior competência. Infelizmente, devido às
circunstâncias da saída de Luiz
Eduardo, não se poderá contar
com eles. Azar o meu", disse.
Quando estavam à frente da Secretaria de Segurança no governo
Brizola, Cerqueira e Silva foram
acusados de conivência com o
tráfico de drogas, pois defendiam
uma ação menos violenta da polícia nas favelas e comunidades carentes.
Ao ser indagado se os policiais
não ficariam incomodados com
outro coordenador que "só fala
em direitos humanos", o chefe da
Polícia Civil Rafik Louzada respondeu: "Só espero que não cuidem apenas dos direitos humanos dos bandidos, esquecendo os
direitos humanos dos policiais".
Josias Quintal anunciou mudanças nas subsecretarias de sua
Pasta, que serão reduzidas de 4
para 3. As subsecretarias de Operações e Assuntos Especiais serão
reunidas numa única subsecretaria de Planejamento Estratégico.
"O novo subsecretário será um
policial militar", disse Quintal.
A subsecretaria de Administração permanecerá como está. A
subsecretaria de Informação e Cidadania receberá o nome de subsecretaria de Cidadania e Direitos
Humanos e terá como titular
"uma civil", segundo Quintal.
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