São Paulo, quinta-feira, 06 de abril de 2000


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Empresário do Amapá tem prisão decretada pela Justiça

LUÍS INDRIUNAS
da Agência Folha, em Macapá

A Justiça Federal no Amapá decretou a prisão temporária por 30 dias do empresário Sílvio Assis, proprietário do jornal "Amapá Estado" e suspeito de envolvimento com o narcotráfico.
A prisão foi pedida depois que o empresário deixou de comparecer às sessões da CPI do Narcotráfico. Assis havia sido convocado anteontem e reconvocado ontem.
O empresário, que está foragido, foi apontado pela estudante Mirian Loren Flexa, 21, como um dos chefes do tráfico de drogas no Estado. Mirian também acusou o ex-deputado estadual Milton Rodrigues de fazer parte do tráfico e ser mandante da morte do médico legista Valdson Rocha, ocorrida em maio de 1997.
Rodrigues, que compareceu ontem à CPI, acusou Mirian e Assis de estarem perseguindo o empresário por questões políticas. Após o depoimento, a CPI pediu a quebra dos sigilos bancário e telefônico do ex-deputado.
O advogado de Assis, Cícero Bordalo, disse que irá entrar com um habeas corpus para revogar a prisão. Para Bordalo, os deputados da CPI chegaram ao Estado com a intenção de incriminá-lo. "Isto não é sério".
O secretário de Segurança Pública do Amapá, José de Arimathea Cavalcanti, disse que a polícia tem indícios de que o assassinato do traficante Jacy Gonçalves tem relação com a vinda da CPI ao Estado.
Gonçalves foi morto com várias facadas dentro do Complexo Penitenciário do Amapá na segunda-feira, um dia antes da data marcada para seu depoimento aos deputados da CPI.
A Agência Folha apurou que Gonçalves tinha a intenção de chamar a imprensa para contar o que sabia. Em 1998, ele denunciou vários policiais e Assis por envolvimento no narcotráfico.


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