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Empresário do Amapá tem
prisão decretada pela Justiça
LUÍS INDRIUNAS
da Agência Folha, em Macapá
A Justiça Federal no Amapá decretou a prisão temporária por 30
dias do empresário Sílvio Assis,
proprietário do jornal "Amapá
Estado" e suspeito de envolvimento com o narcotráfico.
A prisão foi pedida depois que o
empresário deixou de comparecer às sessões da CPI do Narcotráfico. Assis havia sido convocado
anteontem e reconvocado ontem.
O empresário, que está foragido, foi apontado pela estudante
Mirian Loren Flexa, 21, como um
dos chefes do tráfico de drogas no
Estado. Mirian também acusou o
ex-deputado estadual Milton Rodrigues de fazer parte do tráfico e
ser mandante da morte do médico legista Valdson Rocha, ocorrida em maio de 1997.
Rodrigues, que compareceu ontem à CPI, acusou Mirian e Assis
de estarem perseguindo o empresário por questões políticas. Após
o depoimento, a CPI pediu a quebra dos sigilos bancário e telefônico do ex-deputado.
O advogado de Assis, Cícero
Bordalo, disse que irá entrar com
um habeas corpus para revogar a
prisão. Para Bordalo, os deputados da CPI chegaram ao Estado
com a intenção de incriminá-lo.
"Isto não é sério".
O secretário de Segurança Pública do Amapá, José de Arimathea Cavalcanti, disse que a polícia tem indícios de que o assassinato do traficante Jacy Gonçalves
tem relação com a vinda da CPI
ao Estado.
Gonçalves foi morto com várias
facadas dentro do Complexo Penitenciário do Amapá na segunda-feira, um dia antes da data
marcada para seu depoimento
aos deputados da CPI.
A Agência Folha apurou que
Gonçalves tinha a intenção de
chamar a imprensa para contar o
que sabia. Em 1998, ele denunciou
vários policiais e Assis por envolvimento no narcotráfico.
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