São Paulo, quarta-feira, 06 de abril de 2005

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FIÉIS AO HÁBITO

Clientes dizem estar despreocupados e que confiam em restaurantes

Surto não preocupa consumidores

DA REPORTAGEM LOCAL

"É um alimento que não pesa nem no estômago nem na consciência." Com essa frase, a empresária Christiane Gachido, 40, resume sua decisão de manter o hábito de comer peixe cru, apesar do surto de infecção registrado em São Paulo pelo consumo do produto.
Consumidores ouvidos pela reportagem em restaurantes dos Jardins e de Higienópolis, bairros de classe média alta, mostraram-se despreocupados com a doença.
Freqüentadora do restaurante Aoyama, na Vilaboim, Gachido classifica a comida japonesa como uma boa opção para quem quer "evitar comer qualquer porcaria. E, além disso, não engorda, o que é fundamental".
Para evitar a infecção, a empresária aposta na confiança que tem nos restaurantes em que é cliente. "Aqui mesmo eu já vim várias vezes, e nunca tive problemas. Agora, se for em algum novo, que eu não conheço, vou perguntar para os amigos."
A escolha do restaurante também passou a importar para a estudante Fernanda Madureira, 18, amiga de Gachido. "Gosto do sabor e da falta de calorias dos sashimis. Com o surto, tem de escolher bem onde comer."
A decoradora Julieta Riban Corban, 54, come sushi e sashimi de três a quatro vezes por semana. Freqüentadora do Kayomix, nos Jardins, ela afirmou que não pretende mudar seus hábitos alimentares. "A comida é muito leve, gostosa e boa para o meu regime", disse.
A proprietária do Kayomix, Elza Yuko, acha importante que o governo federal aumente a vigilância em torno da importação de salmão. "Já que foram registrados alguns casos de doença, é melhor aumentar o controle. É bom para a gente e bom para os clientes." (VICTOR RAMOS)


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