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FIÉIS AO HÁBITO
Clientes dizem estar despreocupados e que confiam em restaurantes
Surto não preocupa consumidores
DA REPORTAGEM LOCAL
"É um alimento que não pesa
nem no estômago nem na consciência." Com essa frase, a empresária Christiane Gachido, 40,
resume sua decisão de manter o
hábito de comer peixe cru, apesar do surto de infecção registrado em São Paulo pelo consumo do produto.
Consumidores ouvidos pela
reportagem em restaurantes
dos Jardins e de Higienópolis,
bairros de classe média alta,
mostraram-se despreocupados
com a doença.
Freqüentadora do restaurante
Aoyama, na Vilaboim, Gachido
classifica a comida japonesa como uma boa opção para quem
quer "evitar comer qualquer
porcaria. E, além disso, não engorda, o que é fundamental".
Para evitar a infecção, a empresária aposta na confiança
que tem nos restaurantes em
que é cliente. "Aqui mesmo eu
já vim várias vezes, e nunca tive
problemas. Agora, se for em algum novo, que eu não conheço,
vou perguntar para os amigos."
A escolha do restaurante também passou a importar para a
estudante Fernanda Madureira,
18, amiga de Gachido. "Gosto
do sabor e da falta de calorias
dos sashimis. Com o surto, tem
de escolher bem onde comer."
A decoradora Julieta Riban
Corban, 54, come sushi e sashimi de três a quatro vezes por semana. Freqüentadora do Kayomix, nos Jardins, ela afirmou
que não pretende mudar seus
hábitos alimentares. "A comida
é muito leve, gostosa e boa para
o meu regime", disse.
A proprietária do Kayomix,
Elza Yuko, acha importante que
o governo federal aumente a vigilância em torno da importação de salmão. "Já que foram registrados alguns casos de doença, é melhor aumentar o controle. É bom para a gente e bom para os clientes."
(VICTOR RAMOS)
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