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MUNDO
Legislação de 97 restringiu porte particular, mas aumentou o comércio ilegal
Reino Unido tem leis rígidas para o porte legal de armas
SYLVIA COLOMBO
de Londres
O Reino Unido possui leis
muito rígidas
que regulam a
posse de armas
por particulares.
São proibidos
rifles, pistolas
automáticas e armas manuais de
alto calibre.
As armas de menor calibre necessitam de uma licença concedida
pela polícia por meio de certificados que justifiquem a posse do instrumento. A venda, troca e transferência de armas são reguladas por
leis específicas.
A proibição da posse de armas de
fogo foi feita por meio de uma lei
aprovada pelo governo britânico
em 1997.
"Desde então, violência e mortes
acidentais provocadas por manejo
errado de armas diminuíram consideravelmente, mas falta à política do governo um programa de
conscientização maior, principalmente em relação aos mais jovens", disse à Folha Paul Beaver,
do Jane's Defence, um instituto
britânico que estuda questões de
segurança nacional, guerra e terrorismo.
O Jane's Defence edita a revista
"Jane's Weekly", uma das mais
conceituadas publicações do mundo sobre o gênero.
Armas de sinalização usadas em
navios ou em corridas de carros, as
de uso veterinário, as usadas em
esportes de tiro e as que são consideradas peças de antiguidade (desde que provado que se trata de curiosidade ou ornamento) necessitam de justificativa comprovada e
um certificado de posse e responsabilidade por parte do dono. Toda a documentação é fornecida pela polícia.
Existe também uma multa para a
posse de facas e objetos cortantes
cujo valor varia de acordo com o
tamanho do instrumento e da justificativa dada pelo portador na
hora da apreensão.
Em relação à polícia, apenas alguns oficiais são armados. Eles necessitam de autorização superior
para serem colocados em ação. Os
veículos são equipados para conter
acidentes com armas.
A rigidez da legislação, porém,
potencializou um outro problema,
talvez não menos criminoso ou
violento que os causados pela posse descontrolada de armas.
"O banimento fez crescer bastante o comércio ilegal de armas. Isso
tem tomado proporções alarmantes, com a crescente entrada de armas ilegais, vendidas especialmente por grupos de contrabandistas
da Europa oriental", diz Beaver.
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