São Paulo, Domingo, 06 de Junho de 1999
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ESPORTISTAS

"Lei é burra", diz atirador

da Reportagem Local

Os praticantes de tiro ainda não sabem como vão continuar treinando e competindo se a nova lei for aprovada. Para alguns, se não houver saída, o esporte no Brasil estará extinto.
Na opinião dos esportistas, a prática da modalidade não tem influência sobre os índices de violência, porque usa armas diferentes das de defesa pessoal e a autorização é específica.
O técnico da equipe brasileira de tiro, Athos Pisoni, 61, está preocupado. "Se a lei sair, vou acatar. Mas isso vai ser o fim do tiro olímpico no Brasil, esporte em que o Brasil tem tradição."
Lamberto Ramenzoni, atleta e primeiro do ranking brasileiro na fossa olímpica (uma modalidade de tiro ao prato), concorda.
Presença quase certa nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, que acontecem no mês que vem, Ramenzoni acredita que "a lei é burra, porque é genérica". "É um absurdo incluir na mesma lei um atirador esportista, alguém treinado para o uso da arma, e uma pessoa qualquer que compra uma arma."
Apesar de não ter porte de arma, Paulo Gambi, 39, vice-presidente da Federação Paulista de Tiro Prático, uma modalidade esportiva não olímpica, defende o direito à posse do armamento. "Não se pode acabar com o esporte assim."


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