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"Podem me prender", diz médico
da Agência Folha, em Campo Grande
O cardiologista João Jazbik Neto,
51, que tem cinco fazendas no Pantanal e cerca de 10 mil cabeças de
gado, disse que "fatalmente" será
preso caso seja aprovado o projeto
que proíbe armas no Brasil.
Segundo ele, é "um absurdo" que
fazendeiros tenham de andar desarmados no campo. Jazbik pertence ao Clube de Tiro da cidade e
tem uma coleção de 20 armas.
Agência Folha - O que o sr. fará
caso seja aprovada a nova lei?
João Jazbik Neto - Eu vou continuar andando armado na fazenda.
A polícia pode até me prender,
mas eu queria saber se o governo
vai tomar os fuzis, as granadas e as
metralhadoras dos bandidos.
Agência Folha - Não há outra forma de se proteger no campo?
Jazbik - Não vejo outra forma. Eu
compro as armas e forneço até as
balas para os meus peões. Quando
algum deles mata uma onça, dou-lhe um bezerro e uma muda de
roupa nova de presente. O meu
prejuízo é imenso com ataque de
onças. Só numa fazenda, eu perdi
17 cabeças de gado, 2 potros, 20
carneiros, cabritos e porcos. É comum a gente estar "mexendo"
com o gado e ter uma onça seguindo a gente no mato.
Agência Folha - Que solução o senhor sugere?
Jazbik - Sou contra o desarmamento. Essa lei é absurda. Acho
que a saída é dar subsídios aos nossos policiais: salários, armamentos
e formação. Tem de dar a eles condições de enfrentar os bandidos.
Mas, hoje em dia, eles são até proibidos de matar bandido.
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