São Paulo, Domingo, 06 de Junho de 1999
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Setor gera poucos empregos

da Reportagem Local

Os fabricantes de armas também tentarão convencer os parlamentares a rejeitar a proibição de venda de armamentos com argumentos econômicos, mas não devem enfatizar a questão do desemprego, pois sabem que o setor tem relativamente pouca importância na geração de postos de trabalho.
Estatísticas são raras, mas estima-se que o número de pessoas empregadas pelas fábricas e lojas não passem de 5.000.
Em um aspecto, porém, as fábricas de armas e munições têm relevância econômica -como exportadores. Poucos setores da economia brasileira exportam a maior parte da sua produção como fazem as fábricas de armas e munições, que, no seu conjunto, venderam para mais de 40 países em 1998.
As exportações foram de cerca de US$ 70 milhões, segundo a Associação Nacional de Indústrias de Armas e Munições.
Não é uma proporção tão elevada quanto tem apregoado o ministro da Justiça, Renan Calheiros, que repete que os fabricantes exportam 90% da sua produção, mas é uma parcela significativa. A CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), por exemplo, exportou metade da sua produção em 1998.
A Forjas Taurus fornece cerca de 30% do mercado americano de armas leves. A empresa faz tantos negócios nos EUA (e no Canadá) que mantém uma representação e uma pequena fábrica em Miami para facilitar suas vendas.
O Brasil é hoje um importante exportador de armas. Os maiores fabricantes de material bélico são os EUA, seguidos de longe por Áustria, Alemanha e Brasil.
A proibição de venda de armas no mercado brasileiro significaria que também ficariam proibidas as importações de armas por civis, entendem os fabricantes nacionais. (CGF)




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