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Setor gera poucos empregos
da Reportagem Local
Os fabricantes de armas também tentarão convencer os
parlamentares a rejeitar a proibição de venda de armamentos
com argumentos econômicos,
mas não devem enfatizar a
questão do desemprego, pois
sabem que o setor tem relativamente pouca importância na
geração de postos de trabalho.
Estatísticas são raras, mas estima-se que o número de pessoas empregadas pelas fábricas
e lojas não passem de 5.000.
Em um aspecto, porém, as fábricas de armas e munições
têm relevância econômica
-como exportadores. Poucos
setores da economia brasileira
exportam a maior parte da sua
produção como fazem as fábricas de armas e munições, que,
no seu conjunto, venderam para mais de 40 países em 1998.
As exportações foram de cerca de US$ 70 milhões, segundo
a Associação Nacional de Indústrias de Armas e Munições.
Não é uma proporção tão elevada quanto tem apregoado o
ministro da Justiça, Renan Calheiros, que repete que os fabricantes exportam 90% da sua
produção, mas é uma parcela
significativa. A CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos),
por exemplo, exportou metade
da sua produção em 1998.
A Forjas Taurus fornece cerca
de 30% do mercado americano
de armas leves. A empresa faz
tantos negócios nos EUA (e no
Canadá) que mantém uma representação e uma pequena fábrica em Miami para facilitar
suas vendas.
O Brasil é hoje um importante exportador de armas. Os
maiores fabricantes de material bélico são os EUA, seguidos
de longe por Áustria, Alemanha e Brasil.
A proibição de venda de armas no mercado brasileiro significaria que também ficariam
proibidas as importações de armas por civis, entendem os fabricantes nacionais.
(CGF)
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