São Paulo, Domingo, 06 de Junho de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Jovem é maioria nos mangues

da Sucursal do Rio

A presença de crianças e adolescentes no manguezal da APA de Guapimirim é conhecida pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Procurador do Ibama e chefe do escritório governamental que administra a APA, Radamés Marzullo calcula que cerca de 800 pessoas vivem da captura do caranguejo no manguezal, das quais 500 têm menos de 18 anos. Marzullo, 53, conta já ter feito reuniões com os "caranguejeiros" na tentativa de humanizar a atividade, mas suas orientações não foram atendidas.
Ele sugeriu, por exemplo, que no período do defeso (1º de setembro a 15 de dezembro), quando a captura do caranguejo é proibida por lei para que a espécie possa procriar, os moradores do mangue tenham outras atividades, entre elas a apicultura e o artesanato.
"São atividades para o ano inteiro, mas, até agora, ninguém se interessou", disse Marzullo, que frequenta o manguezal desde criança.
O administrador afirma não ter condições de impedir o trabalho das crianças. "Trabalham na APA quatro funcionários do Ibama. Nenhum deles é agente de fiscalização, engenheiro florestal ou biólogo", disse. Os dois barcos do Ibama na APA não estão funcionando. (ST)



Texto Anterior: "Criança-caranguejo" vive da lama no Rio
Próximo Texto: Nº de catadores cresce com crise
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.