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Jovem é maioria nos mangues
da Sucursal do Rio
A presença de crianças e adolescentes no manguezal da APA de
Guapimirim é conhecida pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis).
Procurador do Ibama e chefe do
escritório governamental que administra a APA, Radamés Marzullo calcula que cerca de 800 pessoas
vivem da captura do caranguejo
no manguezal, das quais 500 têm
menos de 18 anos. Marzullo, 53,
conta já ter feito reuniões com os
"caranguejeiros" na tentativa de
humanizar a atividade, mas suas
orientações não foram atendidas.
Ele sugeriu, por exemplo, que no
período do defeso (1º de setembro
a 15 de dezembro), quando a captura do caranguejo é proibida por
lei para que a espécie possa procriar, os moradores do mangue tenham outras atividades, entre elas
a apicultura e o artesanato.
"São atividades para o ano inteiro, mas, até agora, ninguém se interessou", disse Marzullo, que frequenta o manguezal desde criança.
O administrador afirma não ter
condições de impedir o trabalho
das crianças. "Trabalham na APA
quatro funcionários do Ibama. Nenhum deles é agente de fiscalização, engenheiro florestal ou biólogo", disse. Os dois barcos do Ibama na APA não estão funcionando.
(ST)
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