São Paulo, Domingo, 06 de Junho de 1999
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Nº de catadores cresce com crise

da Sucursal do Rio

A exploração dos pequenos caranguejeiros é basicamente familiar. Crianças trabalham para os pais, que vendem os animais nas próprias casas ou em feiras, mercados populares e ruas do Rio, Niterói, São Gonçalo e outras cidades da região metropolitana.
Nos últimos meses, de acordo com observação do chefe da APA de Guapimirim, Radamés Marzullo, tem aumentado a quantidade de catadores.
"É a crise social, o desemprego", analisa ele.
Em consequência, os caranguejos estão desaparecendo, pois são pescados de forma predatória, com cordas e laços enfiados dentro das tocas. Assim, filhotes e fêmeas com ovos acabam capturados, o que inviabiliza o aumento da população do mangue.
Apesar da poluição da baía de Guanabara, o manguezal ainda guarda bolsões de água limpa e uma fauna única nas imediações da capital. Por isso, é chamado de "o pantanal fluminense", que engloba trechos dos municípios de Guapimirim, Magé, Itaboraí e São Gonçalo.
Nas águas dos rios e canais, ainda são encontrados jacarés-de-papo-amarelo, peixes como robalos e tainhas, siris e camarões. Nas partes secas, há capivaras e o raro mão-pelada, mamífero semelhante ao cachorro-do-mato. (ST)




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