especial para a Folha

A estudante de direito Sueleny Aparecida de Oliveira, 21, procurou um ortopedista há sete meses com uma queixa de desconforto e muitas dores nas costas.
O diagnóstico foi preciso: a estudante, que antes tinha uma vida fisicamente ativa, passou a ter uma rotina absolutamente sedentária. Ela trabalhava sentada na maior parte do dia e estudava à noite.
A receita foi atividade física, 15 sessões de fisioterapia e antiinflamatórios. Sueleny só tomou os remédios e não teve tempo de cuidar do resto da prescrição. Na última semana, teve que voltar ao médico. As dores reapareceram e, dessa vez, elas também atingiram o trajeto dos dedos até os ombros.
"Não tenho tempo de me exercitar e passo horas sentada. Acabo ficando meio torta na cadeira e com as costas muito tensas."
O ortopedista Fábio Negrelli diz que "quem não tem músculo alongado tem dificuldade em manter uma postura adequada".
Para ele, a infância e a adolescência são momentos que exigem muita atenção dos pais e dos professores. Na fase de crescimento acelerado, que acontece na puberdade, a velocidade de crescimento dos músculos não acompanha o desenvolvimento dos ossos. Com isso há um desequilíbrio e o adolescente fica "encolhido" na sua própria musculatura. Para tentar acomodar essa situação, podem aparecer os desvios de postura.
Atividade física bem orientada é fundamental para o desenvolvimento muscular. (JB)

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