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Enterro do jornalista será amanhã às 16h
DA SUCURSAL DO RIO
A ANJ (Associação Nacional de Jornais) divulgou ontem em nota oficial que não
permitirá que a morte de Tim Lopes "se encerre com o sepultamento" nem com a
captura dos assassinos.
Para a ANJ, "falhas históricas dos procedimentos jurídicos deram a liberdade ao
principal suspeito do crime, o traficante Elias Maluco".
Os restos mortais de Lopes serão velados a partir das 9h de amanhã na Assembléia
Legislativa, no centro do Rio. Às 10h, o Sindicato dos Jornalistas do Rio fará uma vigília em frente à Assembléia para homenagear o jornalista. O enterro está marcado para as 16h, no cemitério Jardim da Saudade, em
Sulacap (zona oeste do Rio).
Em nota conjunta, o Sindicato dos Jornalistas e a Fenaj
(Federação Nacional de Jornais) consideram que "enterrar Tim Lopes não significa sepultar seus ideais ou encerrar o trabalho que procurava fazer para diminuir as
injustiças sociais, que são na
essência a maior violência
contra o cidadão".
A presidente do Conselho
Administrativo da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Ana Arruda, afirmou, "com muito pesar",
que a identificação dos restos mortais já é um avanço
nas investigações.
A governadora do Rio, Benedita da Silva (PT), anunciou, por meio de sua assessoria, que não falaria sobre
Tim Lopes. A Folha contatou também a TV Globo,
que, até as 19h, não tinha comentado a identificação do
corpo de seu funcionário.
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