São Paulo, sábado, 06 de julho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PANORÂMICA

EDUCAÇÃO

Colégio expulsa aluna e tranca banheiros para coibir uso de drogas no local
Depois de expulsar uma aluna acusada de usar drogas em suas dependências, o colégio Rio de Janeiro (Gávea, zona sul do Rio) adotou uma medida drástica: fora do horário do recreio, os banheiros ficam trancados. O estudante que precisar usá-lo durante as aulas é vigiado por um supervisor.
A decisão da direção foi tomada na semana passada, quando uma aluna de 16 anos foi flagrada com um frasco de cheirinho-da-loló (mistura de éter e perfume) no banheiro feminino. A mistura, quando inalada, produz efeitos semelhantes aos do lança-perfume: euforia, excitação e embriaguez.
Segundo a mãe, a adolescente foi obrigada a sair imediatamente da escola, onde acontecia uma festa junina. "Esse foi o primeiro erro: mandar ela sair e não me avisar", disse. Ela afirmou que o colégio só a procurou quando a expulsão já havia sido decidida.
A direção foi procurada pela Folha. O assessor da escola, Marcelo Gusmão, disse que ninguém falaria sobre o assunto.
Alguns estudantes definiram a expulsão como um ato de hipocrisia por parte da colégio. "Se fosse para expulsar todo mundo que usa drogas, teria que mandar embora metade dos alunos", disse Pedro Petribu, 14.
Em abril do ano passado, o colégio havia recebido quatro alunos expulsos da Escola Parque (zona sul) depois de confessar que tinham fumado maconha em uma excursão. (SABRINA PETRY, DA SUCURSAL DO RIO)

Texto Anterior: Rio: Alunos protestam contra o fim do passe livre
Próximo Texto: Saúde: Baixada Santista tem 67,8% dos casos autóctones de dengue do Estado de SP
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.