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Secretaria diz que reforma do presídio é prioridade
Alegando segurança, governo não divulga quando serão realizadas transferências
DA REPORTAGEM LOCAL
A Secretaria da Administração Penitenciária confirmou
ontem a superlotação de presos
no CDP (Centro de Detenção
Provisória) de Araraquara e informou que a unidade será a
primeira a ser reformada pelo
governo do Estado.
Mas a assessoria de imprensa
não disse, sob o argumento de
que a informação era sigilosa
por questões de segurança,
quando irá transferir os cerca
de 1.600 detentos do local.
A pasta disse que a unidade
foi destruída em duas rebeliões,
em maio e junho. Ainda conforme a assessoria, o departamento de engenharia da secretaria
conclui vistorias e avaliações
em Araraquara e em outras
unidades afetadas no Estado.
Também disse não ser possível
informar quanto a reforma custará aos cofres públicos.
A assessoria de imprensa não
quis se pronunciar sobre o fato
de os presos terem de ser içados
do presídio, já que não há mais
agentes penitenciários na prisão. Sobre o fato de os alimentos estarem sendo entregues
aos presos pelo teto, afirmou
apenas que eles recebem a alimentação "normalmente"
-três refeições diárias, preparadas na cozinha da unidade
pelos próprios presos.
Atendimentos médicos, continua o órgão do governo Cláudio Lembo (PFL), ocorrem
quando solicitados, a exemplo
de atendimentos externos, feitos na Santa Casa de Araraquara. Não houve interrupção de
tratamento a detentos que recebem medicamentos controlados, caso de portadores de
HIV e diabetes, por exemplo.
A Folha também procurou
ontem a assessoria do governador para também falar sobre a
situação dos presos em Araraquara. O pefelista não comentaria a condição do CDP de
Araraquara primeiro, segundo
a sua assessoria, porque caberia à Administração Penitenciária falar a respeito e, depois,
porque Lembo não tinha "elementos" suficientes para se
pronunciar sobre o caso.
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