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Ministério Público denuncia advogados e presos por motins
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
R$ 27,5 milhões. Esse é, segundo a denúncia de sete promotores do Gaeco (Grupo Especial de Repressão ao Crime
Organizado) oferecida ontem à
Justiça, o prejuízo causado aos
cofres públicos pelas rebeliões
cujas ordens para acontecer foram retransmitidas aos presidiários por três advogados acusados de ajudar na articulação
da facção criminosa PCC.
Segundo os promotores, os
advogados Valéria Dommus,
Libânia Catarina Fernandes
Costa e Eduardo Diamante,
presos no dia 28, "deixaram a
atividade profissional de defesa
de garantia dos seus clientes, ligados à facção criminosa, e passaram a servir como elo entre
seus diversos integrantes, na
distribuição de ordens dentro e
fora dos presídios".
Como a prisão temporária
dos três advogados vencerá
amanhã, os promotores, convictos de que eles ajudaram a
articular rebeliões em 20 presídios, só no mês passado, também pediram ontem à Justiça a
decretação da prisão preventiva dos três, por formação de
quadrilha, motim de presos (20
vezes), dano ao patrimônio
(três vezes) e cárcere privado
qualificado (20 vezes), já que
vários agentes penitenciários
foram mantidos reféns.
De acordo com a Promotoria,
no dia 14 de junho, enquanto visitava o preso Orlando Mota
Júnior, o Macarrão, na penitenciária 2 de Presidente Venceslau, a advogada Libânia recebeu ordem para que as penitenciárias de Araraquara (danos estimados em R$ 13 milhões) e Itirapina 2 (R$ 7,5 milhões) fossem destruídas. A reforma de penitenciária de Mirandópolis custará, segundo a
denúncia, quase R$ 7 milhões.
Ela teria repassado o recado,
por meio de telefone celular, ao
detento Cláudio Rolin de Carvalho, o Polaco, também denunciado, ao lado de Macarrão
e dos advogados.
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