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Agente é morto durante fuga em Franco da Rocha
AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL
Um agente de escolta e vigilância penitenciária foi morto
na tarde de ontem durante a fuga de seis presos da Penitenciária 1 de Franco da Rocha, na
Grande São Paulo.
Genivaldo Lourenço da Silva
foi ferido durante um tiroteio e
morreu ao receber atendimento médico. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), o grupo rendeu
funcionários terceirizados que
trabalhavam numa obra na cozinha da unidade e vestiu suas
roupas para fugir.
Um dos presos estava com
uma arma de fogo. Quando os
fugitivos deixavam o local, foram descobertos pela vigilância
e houve uma troca de tiros.
Dos seis presos que fugiram,
apenas dois foram recapturados. No final da noite, segundo
a SAP, a unidade, que tem capacidade para 852 presos, mas
abrigava 1.269, já estava operando normalmente.
Numa das portarias do presídio foi colado pelos funcionários um cartaz com a frase "estamos de luto". Na segunda e na
terça, eles haviam parado por
causa das mortes de agentes na
semana passada. O Sifuspesp
(sindicato da categoria) ameaça
uma paralisação amanhã em
todas as unidades do Estado.
A reportagem conversou
com três guardas de muralha
que entraram para trabalhar às
19h. Tristes com a morte do colega e com medo de atentados
do PCC, eles diziam estar com
medo, mas que não tinham outra opção a não ser trabalhar.
Um deles afirmou que o agente
não estava "marcado" pelos criminosos e que não acreditava
que tivessem premeditado a
morte do colega.
A Folha tentou ouvir o diretor da penitenciária, mas ele
não atendeu a reportagem. As
duas guaritas para chegar à entrada do presídio estavam sem
vigias e o carro da reportagem
passou sem problemas por
elas. Somente ao bater na porta
da penitenciária é que foi convidada a se retirar da área.
Na saída, por volta das 20h, a
vigilância já havia voltado ao
normal na penitenciária. Havia
agentes numa das guaritas, e a
Polícia Militar estava em outra.
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