São Paulo, quinta-feira, 06 de julho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Excesso de vaidade infantil é discutido em salas de aula de SP

Escolas pretendem que estudantes reflitam sobre importância da aparência

DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O cabelo tem de ser liso e comprido, se for menina. Cuidadosamente despenteado à base de gel, se for menino. Roupas e tênis, só valem se for de marca. Se os "pré-requisitos" não sejam cumpridos, eles podem ser considerados nerds e serem excluídos da turma.
O excesso de vaidade infantil preocupa colégios de São Paulo, que começaram a lidar com o tema em classe. No Santa Maria, na zona sul, por exemplo, estudantes da 4ª série têm uma disciplina chamada valores, cujo objetivo é fazer os estudantes refletirem sobre o quanto a aparência é importante.
"Os alunos se preocupam demais com a aparência", conta a professora, Veronice Aparecida Leal Rocha.
Já no Stance Dual, no centro, os estudantes da 7ª série participam do projeto Adolescência, que discute o limite da vaidade e a aceitação daquele que é diferente. "Os alunos precisam refletir sobre esses temas, e não apenas consumir", diz Ana Cláudia Corrêa, orientadora educacional da escola.
Mãe de Stephanie, 10, Vera Lúcia Ribeiro, 45, tenta impor limites à vaidade da filha. "Ela gosta de se maquiar, mas não deixo que vá para a escola de batom", conta. "Também não compro roupa demais, mas agora ela quer escolher o que vestir sozinha."
Enquete feita pelo canal Cartoon Network com 2.657 crianças de sete a 15 anos em janeiro mostrou que 33% escolhem as roupas sozinhas e que 43% das meninas e 34% dos meninos acham importante seguir a última moda.


Texto Anterior: Levantamento analisou 11 mil trabalhos
Próximo Texto: Violência: Mortos em briga de traficantes no Rio chegam a 10
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.