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Excesso de vaidade infantil é discutido em salas de aula de SP
Escolas pretendem que estudantes reflitam sobre importância da aparência
DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O cabelo tem de ser liso e
comprido, se for menina. Cuidadosamente despenteado à
base de gel, se for menino. Roupas e tênis, só valem se for de
marca. Se os "pré-requisitos"
não sejam cumpridos, eles podem ser considerados nerds e
serem excluídos da turma.
O excesso de vaidade infantil
preocupa colégios de São Paulo, que começaram a lidar com
o tema em classe. No Santa Maria, na zona sul, por exemplo,
estudantes da 4ª série têm uma
disciplina chamada valores, cujo objetivo é fazer os estudantes
refletirem sobre o quanto a
aparência é importante.
"Os alunos se preocupam demais com a aparência", conta a
professora, Veronice Aparecida Leal Rocha.
Já no Stance Dual, no centro,
os estudantes da 7ª série participam do projeto Adolescência,
que discute o limite da vaidade
e a aceitação daquele que é diferente. "Os alunos precisam
refletir sobre esses temas, e
não apenas consumir", diz Ana
Cláudia Corrêa, orientadora
educacional da escola.
Mãe de Stephanie, 10, Vera
Lúcia Ribeiro, 45, tenta impor
limites à vaidade da filha. "Ela
gosta de se maquiar, mas não
deixo que vá para a escola de
batom", conta. "Também não
compro roupa demais, mas
agora ela quer escolher o que
vestir sozinha."
Enquete feita pelo canal Cartoon Network com 2.657 crianças de sete a 15 anos em janeiro
mostrou que 33% escolhem as
roupas sozinhas e que 43% das
meninas e 34% dos meninos
acham importante seguir a última moda.
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