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ADMINISTRAÇÃO
Proposta de mudança deve ser apresentada na próxima semana pela bancada do PT na Câmara Municipal
Serra descarta redução de alíquota do ISS
DA REPORTAGEM LOCAL
O prefeito de São Paulo, José
Serra (PSDB), afirmou ontem que
não há "nenhuma" possibilidade
de reduzir a alíquota do ISS (Imposto Sobre Serviços) das empresas que operam na cidade.
A proposta deve ser apresentada na próxima semana pela bancada do PT na Câmara Municipal.
Anteontem, os vereadores
aprovaram em primeira votação
novas regras para a cobrança do
imposto, com o objetivo de evitar
fraudes de empresários que
abrem sedes fictícias de suas firmas em municípios vizinhos que
cobram um ISS menor, mas continuam operando na capital.
Além de negar a possibilidade
de reduzir a alíquota cobrada
atualmente em São Paulo -que
varia de 2% a 5%, dependendo da
categoria da empresa-, o prefeito também mostrou-se pouco
disposto a aceitar o parcelamento
de dívidas do ISS, outra proposta
que será defendida pelo PT na audiência pública que antecederá a
segunda e definitiva votação do
projeto de lei.
"Vamos esperar que não venham propostas para proteger sonegador. Porque esse trololó de
que agora precisa parcelar em geral tem por trás a idéia de estropiar a cobrança do ISS em São
Paulo", afirmou o prefeito, que
disse estar "satisfeito" com as novas regras aprovadas anteontem.
As declarações de Serra foram
dadas num evento na zona sul da
cidade, momentos antes de fazer
duras críticas ao governo federal.
Pesquisa Datafolha mostrou
que o tucano é o mais duro adversário do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) num eventual
segundo turno na disputa ao Planalto em 2006 -eles estariam em
empate técnico, na simulação realizada.
O prefeito ainda criticou a gestão de sua antecessora, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT). "O PT
foi conivente com a sonegação em
São Paulo. Não fizeram [o projeto] porque não estavam a fim de
combater a sonegação", disse.
O vereador João Antônio, líder
da bancada petista na Câmara,
defende a redução das alíquotas
do ISS para pequenas e médias
empresas. "É uma medida fundamental para trazê-las de volta à legalidade, gerando receitas e aumentando empregos."
Sobre as críticas à ex-prefeita,
disse que, se não fosse a luta dos
petistas no Congresso Nacional
para mudar a lei que permite cobrar o ISS no município onde o
serviço é prestado, e não apenas
na cidade onde a empresa é sediada, Serra não teria condições de
mudar a cobrança do imposto em
São Paulo. "Ele precisa descer do
palanque e governar", afirmou o
vereador petista. (FABIO SCHIVARTCHE E VICTOR RAMOS)
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