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CASO ISABELLA
Supremo nega pedido da defesa para libertar casal Nardoni
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A ministra Ellen Gracie, do
STF (Supremo Tribunal Federal), negou ontem pedido
de habeas corpus de liberdade para Alexandre Nardoni,
29, e Anna Carolina Jatobá,
24, acusados de ter matado a
menina Isabella Oliveira
Nardoni, 5, em março.
Eles estão presos desde o
mês de maio e negam ter cometido o crime.
Na decisão, a ministra
Ellen aplicou a súmula 691
do próprio Supremo, que
orienta a recusa de habeas
corpus enquanto o mérito
ainda não foi julgado em tribunais inferiores.
No caso de Alexandre e
Anna Carolina, o mérito do
pedido de liberdade ainda
não foi julgado no Superior
Tribunal de Justiça. A 5ª
Turma do STJ alegou, por
unanimidade, os mesmos argumentos da ministra para
negar o pedido do casal.
Ontem, Gracie afirmou
que o habeas corpus só poderia ser julgado "em casos excepcionais de flagrante ilegalidade ou de abuso de poder
da tutela de eficácia imediata". "No caso, não vislumbro
a presença de qualquer um
dos pressupostos que autorizam o afastamento da orientação contida na súmula 691,
do STF, sob pena de supressão de instância", disse.
Recurso
Antes do STJ e do STF terem negado liberdade ao casal Nardoni, o Tribunal de
Justiça de São Paulo havia
feito o mesmo, em junho.
O tribunal alegou, na ocasião, a necessidade de manter a ordem pública para não
atender ao pedido da defesa
do casal Nardoni.
Isabella Nardoni foi atirada do sexto andar do edifício
London, na Vila Isolina Mazzei (zona norte de SP), na
noite de 29 de março.
Ela é filha de Alexandre e
enteada de Anna Carolina. O
Ministério Público denunciou o casal pelo crime. Segundo a Promotoria, a madrasta tentou asfixiar Isabella e o pai jogou a menina do
sexto andar do prédio onde o
casal morava.
Eles negam -a defesa sustenta que um "ladrão" cometeu o crime. A defesa do pai e
da madrasta sustenta que
não havia segurança suficiente no edifício London, o
que teria facilitado a entrada
de uma terceira pessoa no
dia da morte da menina.
Alexandre Nardoni e Anna
Carolina Jatobá estão presos
em penitenciárias de Tremembé (interior de SP).
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