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IMPRENSA
Médicos visitam Pimenta Neves, que não se alimenta
Supremo nega novo pedido para libertar jornalista de cela em DP
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro Celso de Mello, do
STF (Supremo Tribunal Federal),
arquivou ontem o pedido de habeas corpus em favor do jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves, 63, assassino confesso de Sandra Florentino Gomide, 32.
Segundo assessoria do STF, Mello afirmou que não cabe ao Supremo analisar ações que ainda
dependem de instâncias inferiores. A defesa do ex-diretor de Redação de "O Estado de S. Paulo"
espera o julgamento de dois habeas pelo Tribunal de Justiça e um
pelo Superior Tribunal de Justiça.
Os advogados do jornalista
aguardam para hoje a decisão, pela Justiça de Ibiúna, de um pedido
de retorno à clínica de repouso.
O pedido de habeas corpus ao
STF foi feito pelo advogado Alberto Leite Fernandes, de Pindamonhangaba (SP). A Constituição garante que qualquer um pode fazer esse recurso em favor de
outro, mesmo sem procuração.
Dois médicos visitaram Pimenta Neves na cadeia, no final da tarde de ontem. A polícia autorizou
o exame porque ele não está se alimentando. Desde que chegou ao
77º DP, anteontem, ele tomou
apenas dois copos de leite.
O ex-vereador Vicente Viscome, de acordo com a polícia, ofereceu-se para cuidar dos horários
de medicação do jornalista. Eles
dividem a cela com com o atirador do MorumbiShopping, Matheus da Costa Meira.
Carol Neves, ex-mulher do jornalista, o visitou ontem no DP,
apesar de não ser dia normal de
visita. O precedente foi aberto
porque ela irá retornar aos EUA,
com as filhas gêmeas.
Domingos Tochetto, perito em
balística que participou das investigações sobre a morte de PC Farias, é mais um profissional de renome nacional a entrar no caso.
Os advogados da família de
Sandra pediram que ele faça um
parecer sobre a bala silverpoint
(ponta oca), de revólver calibre
38, usada por Pimenta Neves para
matar a ex-namorada. A acusação
pode usar o parecer para pedir a
terceira qualificadora do homicídio -além do motivo fútil e sem
chance de defesa -, que seria o
"meio cruel".
Tochetto disse ontem que a bala
é recomenda pelo fabricante para
"situações críticas e perigosas"
por causa do impacto 43,84%
maior do que a munição comum.
"É uma bala a ser usada por um
policial, por exemplo."
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