São Paulo, domingo, 06 de outubro de 2002

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Melhores do Provão se saem bem na OAB

DA REPORTAGEM LOCAL

Das 55 instituições que aparecem na classificação do último exame da OAB-SP -liderada pela USP, que teve 87,25% de aprovação entre os seus candidatos-, só quatro foram criadas depois de 96. Entre as dez primeiras, cinco receberam C no Provão 2001.
O MEC comparou o desempenho das instituições paulistas no Provão desde 96 com a classificação divulgada pela OAB-SP em seus últimos exames, baseada na porcentagem de aprovação dos cursos com mais de 50 inscritos. A conclusão foi a de que as avaliações são coerentes na conceituação da maioria dos cursos.
"Os resultados do exame da OAB reforçam o que o Provão está dizendo. As universidades boas são boas no Provão e no exame", declarou o diretor de avaliação da educação superior do MEC, Tancredo Maia Filho.
De acordo com a presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB-SP, Sônia Corrêa da Silva de Almeida Prado, as avaliações são importantes, pois, na prática, foi abolido o processo de seleção para a graduação, tamanho o número de vagas. "Há um grande número de bacharéis sem condição de exercer a profissão."
Direito é o único dos 24 cursos avaliados pelo Provão que permite a consulta a códigos e livros de doutrina na hora da prova. Segundo o MEC, isso ocorre porque o exame busca avaliar habilidades que serão exigidas no cotidiano do profissional, que normalmente consulta a legislação em seu escritório e nos órgãos da Justiça.
Ao contrário do Provão, o exame da OAB não permite a consulta. "É um teste simples de suficiência, não tem pegadinhas ou armadilhas. O aluno que fez um curso razoavelmente bem feito passa", diz o presidente nacional da OAB, Rubens Approbato.
Dos cerca de 450 mil advogados que atuam no país, cerca de 160 mil estão no Estado de São Paulo. Segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), 8.456 pessoas se formaram em direito no Estado em 93. Neste ano, a previsão é que se formem quase 27 mil.
"Nosso objetivo é aumentar as possibilidades de acesso ao ensino superior, mas com qualidade e acompanhamento", afirma o secretário Francisco de Sá Barreto.


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