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Melhores do Provão se saem bem na OAB
DA REPORTAGEM LOCAL
Das 55 instituições que aparecem na classificação do último
exame da OAB-SP -liderada pela USP, que teve 87,25% de aprovação entre os seus candidatos-,
só quatro foram criadas depois de
96. Entre as dez primeiras, cinco
receberam C no Provão 2001.
O MEC comparou o desempenho das instituições paulistas no
Provão desde 96 com a classificação divulgada pela OAB-SP em
seus últimos exames, baseada na
porcentagem de aprovação dos
cursos com mais de 50 inscritos. A
conclusão foi a de que as avaliações são coerentes na conceituação da maioria dos cursos.
"Os resultados do exame da
OAB reforçam o que o Provão está dizendo. As universidades boas
são boas no Provão e no exame",
declarou o diretor de avaliação da
educação superior do MEC, Tancredo Maia Filho.
De acordo com a presidente da
Comissão de Estágio e Exame de
Ordem da OAB-SP, Sônia Corrêa
da Silva de Almeida Prado, as avaliações são importantes, pois, na
prática, foi abolido o processo de
seleção para a graduação, tamanho o número de vagas. "Há um
grande número de bacharéis sem
condição de exercer a profissão."
Direito é o único dos 24 cursos
avaliados pelo Provão que permite a consulta a códigos e livros de
doutrina na hora da prova. Segundo o MEC, isso ocorre porque
o exame busca avaliar habilidades
que serão exigidas no cotidiano
do profissional, que normalmente consulta a legislação em seu escritório e nos órgãos da Justiça.
Ao contrário do Provão, o exame da OAB não permite a consulta. "É um teste simples de suficiência, não tem pegadinhas ou
armadilhas. O aluno que fez um
curso razoavelmente bem feito
passa", diz o presidente nacional
da OAB, Rubens Approbato.
Dos cerca de 450 mil advogados
que atuam no país, cerca de 160
mil estão no Estado de São Paulo.
Segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), 8.456 pessoas se formaram em direito no Estado em 93.
Neste ano, a previsão é que se formem quase 27 mil.
"Nosso objetivo é aumentar as
possibilidades de acesso ao ensino superior, mas com qualidade e
acompanhamento", afirma o secretário Francisco de Sá Barreto.
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