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VAIDADE DE RISCO
Casal é preso por contrabando de anabolizantes
DO "AGORA"
Tabela de preços, lista de pagamentos efetuados e recebidos,
cheques com valores altos, computador, três telefones celulares e
uma grande diversidade de anabolizantes -divididos entre as
categorias de consumo humano
ou animal- importados clandestinamente de várias países como
Grécia, Rússia, China, Alemanha,
França, Itália, Argentina, Espanha
e Hungria.
Foi esse o aparato que a polícia
descobriu, na tarde de anteontem, em uma casa do Jardim Helena (zona leste de SP), onde vivia
o casal Maria Inês Vieira dos Santos, 28, e Adriano de Campos Barreto, 31.
Após uma denúncia anônima,
marido e mulher foram presos
acusados de vender os anabolizantes, contrabandeados do Paraguai, para praticantes de musculação em diversas academias da
zona leste de São Paulo e até de
Mogi das Cruzes (Grande SP).
Quando estavam fazendo campana na porta da residência do casal, policiais flagraram o instrutor
de musculação Fernando Pereira
da Silva, 22, deixando o local. Ao
revistá-lo, eles acharam quatro
frascos do anabolizante Winstrol,
pelos quais o rapaz disse ter pago
R$ 40 a Barreto.
Ao questionarem o dono da casa sobre a origem dos anabolizantes, ele admitiu que os havia comprado, clandestinamente, no Paraguai e que ele os revendera para
o instrutor.
Na casa, em uma pequena caixa,
foram encontradas mais de 600
doses de anabolizantes que têm
sua venda proibida -alguns deles contra-indicados até mesmo
para a engorda de gado.
Havia drogas injetáveis e comprimidos, todas registradas numa
tabela no computador dos acusados. No documento, aparecia descrito, detalhadamente, o que cada
droga poderia causar em quem a
utilizasse.
Sem passagens anteriores pela
polícia, o casal, que tem um filho
de sete anos e foi impedido de falar com a imprensa, foi autuado
em flagrante por contrabando.
Depois que os anabolizantes
fossem periciados e ocorresse a
constatação de que se trata de
drogas, segundo o delegado Nicanor Nogueira Branco, Maria Inês
e Barreto também passariam a
responder pelo crime de retenção
ou venda de remédios controlados, o que pode render uma pena
de dez a 15 anos de prisão.
Em seu depoimento à polícia,
Barreto alegou que todo o material apreendido em sua casa "era
para consumo próprio".
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