São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2004

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VAIDADE DE RISCO

Casal é preso por contrabando de anabolizantes

DO "AGORA"

Tabela de preços, lista de pagamentos efetuados e recebidos, cheques com valores altos, computador, três telefones celulares e uma grande diversidade de anabolizantes -divididos entre as categorias de consumo humano ou animal- importados clandestinamente de várias países como Grécia, Rússia, China, Alemanha, França, Itália, Argentina, Espanha e Hungria.
Foi esse o aparato que a polícia descobriu, na tarde de anteontem, em uma casa do Jardim Helena (zona leste de SP), onde vivia o casal Maria Inês Vieira dos Santos, 28, e Adriano de Campos Barreto, 31.
Após uma denúncia anônima, marido e mulher foram presos acusados de vender os anabolizantes, contrabandeados do Paraguai, para praticantes de musculação em diversas academias da zona leste de São Paulo e até de Mogi das Cruzes (Grande SP).
Quando estavam fazendo campana na porta da residência do casal, policiais flagraram o instrutor de musculação Fernando Pereira da Silva, 22, deixando o local. Ao revistá-lo, eles acharam quatro frascos do anabolizante Winstrol, pelos quais o rapaz disse ter pago R$ 40 a Barreto.
Ao questionarem o dono da casa sobre a origem dos anabolizantes, ele admitiu que os havia comprado, clandestinamente, no Paraguai e que ele os revendera para o instrutor.
Na casa, em uma pequena caixa, foram encontradas mais de 600 doses de anabolizantes que têm sua venda proibida -alguns deles contra-indicados até mesmo para a engorda de gado.
Havia drogas injetáveis e comprimidos, todas registradas numa tabela no computador dos acusados. No documento, aparecia descrito, detalhadamente, o que cada droga poderia causar em quem a utilizasse.
Sem passagens anteriores pela polícia, o casal, que tem um filho de sete anos e foi impedido de falar com a imprensa, foi autuado em flagrante por contrabando.
Depois que os anabolizantes fossem periciados e ocorresse a constatação de que se trata de drogas, segundo o delegado Nicanor Nogueira Branco, Maria Inês e Barreto também passariam a responder pelo crime de retenção ou venda de remédios controlados, o que pode render uma pena de dez a 15 anos de prisão.
Em seu depoimento à polícia, Barreto alegou que todo o material apreendido em sua casa "era para consumo próprio".


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