DO "AGORA"
DA AGÊNCIA FOLHA

Para evitar que a onda de atentados à polícia continue, o comando da Polícia Militar resolveu mandar às ruas duas de suas tropas de elite: a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) e a Rocam (Rondas Ostensivas com o Apoio de Motocicletas).
Segundo o comandante-geral da PM, coronel Alberto Silveira Rodrigues, as tropas remanejaram 90 homens para um patrulhamento especial nos horários em que geralmente os ataques vêm acontecendo -após as 23h.
PMs que não integram tropas de elite também tiveram seus turnos de trabalho alterados, com ênfase no período noturno.

Central telefônica
Após desbaratar uma central telefônica clandestina em Sorocaba (100 km de SP), a Polícia Civil, ao dar início às investigações sobre as ligações, descobriu que muitas delas tinham como destino dois telefones públicos dentro do CRP de Presidente Bernardes.
A central telefônica teria realizado mais de 9.000 ligações clandestinas. Diversas das chamadas destinadas para Presidente Bernardes foram realizadas nos dias imediatamente anteriores ao início dos atentados.
A central telefônica era coordenada por A.G.C., 17, presa em flagrante. Segundo a Delegacia da Infância e Juventude, onde A.G.C. está detida, não é possível determinar se as ligações podem ter sido usadas para coordenar os atentados. A.G.C. disse que as ligações para Presidente Bernardes eram para um amigo dela que está detido no presídio.
Anteontem, os promotores Antônio Celso Campos de Oliveira Faria e Sérgio Turra Sobrane ingressaram com uma ação civil pública, com pedido de liminar, para tentar obrigar o Estado a instalar, em 30 dias, bloqueadores de celulares em 20 penitenciárias.
De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária, os bloqueadores já foram instalados em sete unidades, entre elas Presidente Bernardes.


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