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Prefeitura prepara pacote para aumentar o número de vagas
Estão previstas 142 novas unidades de pré-escolas e 59 de ensino fundamental que, segundo secretaria, serão entregues até 2011
Prefeitura promete acabar com o chamado turno da fome, entre a manhã e a tarde, adotado em áreas com deficit de vagas
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo
prepara um pacote de novas escolas para aumentar as matrículas, diminuir o número de
alunos por sala e acabar com o
chamado "turno da fome" (período entre a manhã e a tarde,
feito em escolas localizadas em
áreas com deficit de vagas).
Estão previstas 142 novas
unidades de pré-escolas (hoje
são 460) e 59 de ensino fundamental (hoje são 488).
Parte dessas escolas serão
"mini-Ceus": vão usar apenas o
prédio educacional do projeto
dos Ceus (centros educacionais
unificados) e não terão a área
de piscinas, teatros e quadras,
que são o diferencial dos Ceus.
O secretário de Educação,
Alexandre Schneider, afirma
que todas as unidades de pré-escola e ensino fundamental
estão previstas para serem entregues até 2011.
As obras devem custar R$
800 milhões, e a secretaria afirma que há garantia do prefeito
Gilberto Kassab (DEM) de que
haverá verbas suficientes.
"Na média, já avançamos
bastante no atendimento, mas
há locais específicos que ainda
faltam vagas e há muitos alunos
por sala", afirma Schneider.
Segundo os dados da Secretaria da Educação, 12% das escolas de ensino fundamental e
70% das pré-escolas funcionam com o turno da fome (que
reduz a carga horária de todos
os turnos).
A prefeitura já prepara o pacote de obras desde o início
deste ano, mas demorou a apresentá-lo porque estava com dificuldades de conseguir terrenos adequados para receber as
novas escolas.
Kassab chegou a fazer um
convênio com o Creci para que
corretores de imóveis indicassem áreas onde poderiam ser
construídas novas escolas.
Todos os terrenos já foram
identificados, mas, em alguns
casos, ainda há processos burocráticos a serem superados (desapropriações, por exemplo).
Demanda
De acordo com Schneider, a
diminuição das matrículas
-mesmo com a existência de
fila em quase todos os distritos
da cidade- ocorre porque houve forte queda de demanda em
alguns pontos, onde vagas chegam a ficar ociosas.
O secretário diz que a prefeitura já construiu novas unidades que resolveram o problema
em alguns pontos. Porém, pode
haver casos de distritos que sobrem vagas em determinada
área e faltem em outra. O deficit oficial é de 28,5 mil vagas.
Outra razão para a queda na
demanda é a desistência dos
pais em inscrever seus filhos na
fila de vagas por saberem que a
chance de conseguirem a matrícula é pequena.
A decisão da prefeitura de
não fazer novos convênios para
abrir vagas em pré-escolas
também reduziu o número de
matrículas. O secretário da
Educação afirma que deu prioridade para convênios com creches porque era a "situação
mais grave".
Há dois anos, havia 160 mil
crianças na fila por uma vaga na
creche, número que caiu para
86,9 mil em setembro passado.
No período, a prefeitura aumentou em 50% o número de
vagas nessa modalidade. A ampliação foi utilizada como propaganda na campanha de reeleição de Kassab.
Nos próximos dias a prefeitura vai anunciar um programa
que prevê o aluguel de escolas
construídas pela iniciativa privada. A prefeitura vai oferecer o
projeto e garantir ao parceiro
que fará a locação do prédio por
um período de, por exemplo,
dez anos. Antes, a ideia da prefeitura era fazer uma PPP (parceria público-privada), mas o
Tribunal de Contas do Município suspendeu a licitação.
(ES, FT e ACC)
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