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Desta vez não arriscamos, diz controlador
LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A falha de comunicações na
região do espaço aéreo controlado por Brasília não é inédita,
segundo um controlador que
estava presente ontem no Cindacta-1. Mas dessa vez os controladores decidiram parar o
tráfego aéreo -pousar vôos e
impedir decolagens- por temer que outro acidente ocorra.
A decisão aconteceu num
momento em que os controladores de Brasília estão expostos pela repercussão de falhas
em seu setor no acidente do vôo
1907 da Gol. Ontem pela manhã, quando perceberam as falhas nas freqüências de rádio
usadas para falar com pilotos,
decidiram não arriscar. O supervisor-geral da sala de controle decidiu acionar o "plano
de degradação", usado quando
existe falhas: de radar, de comunicação ou de energia.
Segundo o relato, houve
"confusão", "caos", mas nenhum problema de quase-acidentes ou discussões com oficiais, a exemplo do que já ocorreu em outros dias de caos nos
aeroportos.
O problema começou por
volta das 9h, quando freqüências começaram a falhar. No setor 7 da região Brasília -o mesmo da colisão do jato Legacy e o
Boeing da Gol- duas freqüências não funcionavam, por
exemplo. O mesmo ocorreu em
outros setores, como são chamadas divisões da região controlada pelo Cindacta.
Com isso, controladores decidiram coletivamente parar o
tráfego na região. Ainda segundo o relato, não houve discussão e telefonemas começaram a
ser feitos para áreas técnicas,
outros centros de controle e o
Comando da Aeronáutica.
A partir daí, todos operavam
dentro das normas do plano.
Todos os aviões em vôo foram
orientados a pousar -muitos
chegaram a retornar ao local de
partida.
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