São Paulo, quarta-feira, 06 de dezembro de 2006

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HISTÓRIAS DO CAOS

DO HOSPITAL
Em uma cadeira de rodas, ar de cansado, camisa aberta com curativos à mostra no peito, o comerciante José Isaac Gomes Oliveira, 63, estava resignado no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo). "Estou desde as 11h30 no aeroporto. Preciso repousar."
Oliveira pretendia voltar para Brasília após se submeter a uma cirurgia de colocação de ponte de safena no Hospital Beneficência Portuguesa.
Ele embarcaria às 13h30, mas até as 22h continuava no saguão do aeroporto. "Agora não querem pagar a hospedagem, porque disseram que não é uma conexão." A mulher dele estava na fila da TAM, tentando obter o pagamento do táxi e a hospedagem.

ALARME FALSO
O funcionário público Raul Lima, 42, ficou animado quando entrou no avião da Gol com destino a Brasília por volta das 19h de ontem (seu vôo estava marcado para as 16h). Ele esperava seguir viagem, chegou a apertar o cinto e escutou o aviso para desligar o celular quando foi avisado que a aeronave não decolaria. "Agora preciso pegar minha mala que está com a companhia, mas não consigo. Tem que ter muita paciência para agüentar isso."

SEM BAGAGEM
A administradora de empresa Ivani Moraes, 52, que seguia de Goiânia para Florianópolis, ficou parada em solo, dentro da aeronave, por uma hora, sem informação. "Há um erro dos controladores e desorganização das empresas", afirmou ela que desistiu de recuperar a bagagem ontem.

ESPERANÇOSO
Técnico em administração pública, Ariston França, 60, aguardava na fila havia duas horas, sem informações, o embarque de São Paulo para Salvador por volta das 20h30 de ontem, quando todos os vôos já estavam cancelados. "É questão de segurança nacional. Sem o Cindacta, se tivermos uma invasão por um avião, não temos como garantir a segurança do país", dizia.


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