Monitoramento está sendo feito em 75 pessoas que tiveram contato com empresário morto por doença desconhecida

Willian Charles Erasmus, 53, morreu na terça-feira, no Rio, em conseqüência de febre hemorrágica de causa não identificada

DA FOLHA ONLINE

O Ministério da Saúde informou ontem que, até agora, nenhum sintoma de contaminação foi registrado nas pessoas que tiveram contato direto com o sul-africano, morto por doença desconhecida nesta semana.
O empresário sul-africano Willian Charles Erasmus morreu na última terça-feira no Rio de Janeiro, em conseqüência de febre hemorrágica de causa não identificada.
Segundo o Ministério da Saúde, 75 pessoas estão sendo monitoradas por terem tido contato direto com fluidos e secreções, como sangue, muco, urina e fezes do sul-africano, de 53 anos. Todas passam por monitoramento clínico duas vezes ao dia. Mas, como nenhuma delas apresentou sintomas, as autoridades sanitárias dizem que não há necessidade de que elas fiquem em quarentena.
A Fundação Oswaldo Cruz está analisando amostras do corpo de Willian Charles para tentar descobrir o agente que causou a morte do empresário, e deve divulgar os resultados até o início da próxima semana.
Já foram descartadas, pelos exames, as hepatites virais, hantavirose, dengue, malária e ebola. Por enquanto, a Fiocruz investiga a possibilidade do arenavírus ou da leptospirose terem causado a febre hemorrágica.

Contaminação
A principal suspeita é a de que o engenheiro tenha se contaminado com o vírus em um hospital da África do Sul. Segundo o Ministério da Saúde, um homem havia sido internado no mesmo hospital, em Johannesburgo, após contrair o arenavírus em uma área rural da Zâmbia. Outra forma de transmissão do vírus é pelas fezes e urina de rato, segundo a Fiocruz. No hospital da Zâmbia quatro profissionais de saúde foram contaminados e três deles morreram.
O engenheiro, segundo o ministério, se internou no hospital no mesmo período para uma cirurgia ortopédica, e depois seguiu para o Brasil. Ele chegou ao país no dia 25 para fazer consultorias em empresas do Rio.


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