São Paulo, domingo, 07 de março de 2004

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Metrô oferece tratamento para usuários

DA REPORTAGEM LOCAL

Com um programa de prevenção e tratamento da dependência química desde 1997, o Metrô tem hoje entre os seus 7.500 funcionários, 232 dependentes de álcool ou outras drogas "cadastrados". Desses, 36 são chamados de "resistentes". Ou seja, não aceitam tratamento por não se considerar dependentes da droga.
"Ele vivem no processo de negação da doença. Acham que são normais, que só bebem ou usam a droga socialmente", diz o médico Maurício Monteiro Alves, 49, coordenador de saúde e qualidade de vida do Metrô. A empresa não adota o teste toxicológico.
Segundo Alves, há "amarrações" no contrato de trabalho [os funcionários são concursados e têm contratos regidos pela CLT] que dificultariam a implantação dos exames.
Além disso, ele não acredita que o teste seja decisivo nem na abordagem nem na recuperação dos funcionários dependentes químicos. Para Alves, o dependente é facilmente reconhecido pela chefia do setor onde trabalha seja pela queda de produção ou falta ao trabalho, seja pelo comportamento dentro da empresa.
Alves não sabe dizer se houve demissões na empresa exclusivamente em razão da dependência química. De 97 até 2003, o programa contava com 406 empregados cadastrados. "Muitos se aposentaram, pediram para sair ou foram demitidos por outras razões", diz.
Entre as atividades do programa, há palestras, peças teatrais, grupos de apoio com empregados abstêmios, entre outros. Nos casos mais graves de dependência química, os funcionários são encaminhados para tratamento em clínicas.



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