|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Metrô oferece tratamento para usuários
DA REPORTAGEM LOCAL
Com um programa de prevenção e tratamento da dependência química desde 1997, o
Metrô tem hoje entre os seus
7.500 funcionários, 232 dependentes de álcool ou outras drogas "cadastrados". Desses, 36
são chamados de "resistentes".
Ou seja, não aceitam tratamento por não se considerar dependentes da droga.
"Ele vivem no processo de
negação da doença. Acham
que são normais, que só bebem
ou usam a droga socialmente",
diz o médico Maurício Monteiro Alves, 49, coordenador de
saúde e qualidade de vida do
Metrô. A empresa não adota o
teste toxicológico.
Segundo Alves, há "amarrações" no contrato de trabalho
[os funcionários são concursados e têm contratos regidos pela CLT] que dificultariam a implantação dos exames.
Além disso, ele não acredita
que o teste seja decisivo nem na
abordagem nem na recuperação dos funcionários dependentes químicos. Para Alves, o
dependente é facilmente reconhecido pela chefia do setor
onde trabalha seja pela queda
de produção ou falta ao trabalho, seja pelo comportamento
dentro da empresa.
Alves não sabe dizer se houve
demissões na empresa exclusivamente em razão da dependência química. De 97 até 2003,
o programa contava com 406
empregados cadastrados.
"Muitos se aposentaram, pediram para sair ou foram demitidos por outras razões", diz.
Entre as atividades do programa, há palestras, peças teatrais, grupos de apoio com empregados abstêmios, entre outros. Nos casos mais graves de
dependência química, os funcionários são encaminhados
para tratamento em clínicas.
Texto Anterior: Controle é maior nas empresas de transporte Próximo Texto: Ex-dependente inaugura clínica Índice
|