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Corredor atrai sambistas e jovens
DA SUCURSAL DO RIO
Entre prédios históricos e casas
de samba, entre bares e antiquários, o palacete Bragança fica no
largo da Lapa, bairro boêmio do
centro do Rio.
Reduto da malandragem nos
anos 40 e 50, o bairro virou destino certo dos notívagos cariocas.
Amantes do samba e do hip hop,
moderninhos, travestis, prostitutas, turistas, descolados da zona
sul, todas as tribos se misturam
nas ruas da Lapa.
Bares e restaurantes se espalham pela rua do Lavradio e a avenida Mem de Sá. No primeiro sábado de cada mês, há uma feira de
antigüidades na rua do Lavradio.
No meio do largo da Lapa, o palacete Bragança, iluminado pelas
luzes dos Arcos (antigo aqueduto
sobre o qual passa a linha do bonde), chama a atenção pela beleza e
pelo abandono, pelos varais de
roupa e pelas plantas nas sacadas.
De um lado, ficam a Escola de
Música da UFRJ (Universidade
Federal do Rio de Janeiro) e a sala
Cecília Meirelles. Do outro, há um
sobrado do qual só resta a fachada
e o MIS (Museu da Imagem e do
Som). Nas ruas próximas, há outros casarões do final do século 19
ou início do século 20. Dos 3.000
imóveis do corredor cultural,
1.600 são preservados, ou seja,
mantendo as características originais de fachadas e telhados.
O Inepac (Instituto Estadual do
Patrimônio Cultural) planeja recuperar em breve o prédio do MIS
e dois sobrados na rua Mem de Sá
cedidos a projetos culturais.
O responsável pelo projeto do
Distrito Cultural da Lapa do Inepac, Roberto Anderson Magalhães, disse que o dono do palacete será chamado para dar informações sobre o projeto do clube.
A coordenadora do corredor
cultural, Maria Helena McLaren
Moreira Maia, diz que é grande a
preocupação com o mau estado
de conservação do palacete e que
o proprietário foi notificado.
"Se cair, ele tem reconstruir tal e
qual era", afirma. Ela disse esperar que seja encontrada uma solução, seja mantendo os moradores,
seja criando o clube -desde que
haja a recuperação.
A presidente da Amac (Associação de Moradores e Amigos do
Centro), Bernadete Santos, diz esperar que o caso seja solucionado.
"A gente não quer tirar o direito
de ninguém, mas quer que o prédio seja recuperado", afirma ela.
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