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Idioma define escolha de países na Europa
EDMILSON ZANETTI
DA AGÊNCIA FOLHA
As portas de entrada para as
brasileiras na Europa são Espanha e Portugal, pela facilidade
do idioma, segundo informações de Sandra Vale, ex-coordenadora do Programa das Nações Unidas para o Combate ao
Tráfico de Seres Humanos.
No Brasil, os dados disponíveis são tímidos, mas um levantamento parcial da Polícia
Federal revela que Goiás é o
principal exportador de mulheres, seguido do Rio de Janeiro. De 95 a 98, foram instaurados no país 26 inquéritos de casos de tráfico, em 14 Estados.
A Interpol descobriu 246 mulheres vítimas de tráfico na Espanha em 99, a maioria brasileira. Foram presos ou deportados 74 traficantes. No mesmo
ano, foram descobertas uma
brasileira em Portugal e outras
45 mulheres na Alemanha, entre brasileiras e tailandesas.
Em 2000, foram descobertas
três brasileiras na Bélgica. Em
Portugal, foram identificadas
38 estrangeiras se prostituindo,
a maioria é latina, principalmente brasileiras, venezuelanas, colombianas e bolivianas.
Por ser país de origem, e não
de destino do tráfico, o Brasil
enfrenta dificuldades em combater o crime, passível de punição com pena que pode chegar
a oito anos de reclusão.
A maior barreira para a polícia é a falta de colaboração das
famílias, muitas vezes coniventes com o esquema, afirma o
diretor da divisão da Interpol
no Brasil, Washington do Nascimento Melo.
Outra dificuldade é o medo
das vítimas de denunciarem
por temor de represálias.
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