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Publicitário condena legislação
da Agência Folha, em Salvador
Ex-presidente da Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade/BA), Fernando Passos,
51, contesta a reserva de cotas para
negros na publicidade. "O que a
publicidade deve ter é coerência
mercadológica."
Presidente da Engenhonovo
-uma das principais agências da
Bahia-, Fernando Passos disse
que a reserva de cotas para negros
ou qualquer outra etnia é discriminatória.
Segundo Passos, o único fator
que discrimina na propaganda é o
econômico. Ele afirma também
que, como está escrito, o artigo
atrapalha a criatividade dos publicitários.
"Só quero saber o que vai acontecer quando um anunciante solicitar um comercial com um casal
de loiros e um filho. Pela interpretação do MNU, essa criança deverá
ser negra, o que simplesmente seria ridículo e inaceitável."
Passos, que já foi notificado pelo
Ministério Público, disse também
que o artigo que estabelece cotas
está mal redigido.
O diretor do shopping Iguatemi,
Ewerton Visco, disse que a representação encaminhada pelo Movimento Negro Unificado ao Ministério Público está equivocada. "É
inacreditável que um shopping
que colocou nomes em suas praças
em homenagem a Gilberto Gil e
Jorge Amado possa fazer qualquer
tipo de discriminação."
Segundo a representação, o
shopping Iguatemi é um dos
anunciantes que não estariam respeitando a Constituição da Bahia.
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