São Paulo, quarta, 7 de maio de 1997.



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Publicitário condena legislação

da Agência Folha, em Salvador

Ex-presidente da Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade/BA), Fernando Passos, 51, contesta a reserva de cotas para negros na publicidade. "O que a publicidade deve ter é coerência mercadológica."
Presidente da Engenhonovo -uma das principais agências da Bahia-, Fernando Passos disse que a reserva de cotas para negros ou qualquer outra etnia é discriminatória.
Segundo Passos, o único fator que discrimina na propaganda é o econômico. Ele afirma também que, como está escrito, o artigo atrapalha a criatividade dos publicitários.
"Só quero saber o que vai acontecer quando um anunciante solicitar um comercial com um casal de loiros e um filho. Pela interpretação do MNU, essa criança deverá ser negra, o que simplesmente seria ridículo e inaceitável."
Passos, que já foi notificado pelo Ministério Público, disse também que o artigo que estabelece cotas está mal redigido.
O diretor do shopping Iguatemi, Ewerton Visco, disse que a representação encaminhada pelo Movimento Negro Unificado ao Ministério Público está equivocada. "É inacreditável que um shopping que colocou nomes em suas praças em homenagem a Gilberto Gil e Jorge Amado possa fazer qualquer tipo de discriminação."
Segundo a representação, o shopping Iguatemi é um dos anunciantes que não estariam respeitando a Constituição da Bahia.



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