DA REPORTAGEM LOCAL

A Justiça de São Paulo determinou ontem a prisão preventiva dos advogados Eduardo Diamante, Valéria Dammous e Libânia Catarina Fernandes Costa. Os três estavam detidos temporariamente desde o dia 28 de junho. Eles são acusados de transmitir informações privilegiadas a líderes da facção criminosa PCC e servir de elo de comunicação entre bandidos presos e soltos para articular as rebeliões ocorridas no mês passado.
Caso a Justiça não concedesse a prisão preventiva, os advogados seriam soltos amanhã.
O Ministério Público do Estado de São Paulo havia apresentado à Justiça, na última terça-feira, denúncia contra os advogados pelos crimes de formação de quadrilha, motim de presos, danos ao patrimônio público e cárcere privado qualificado por acreditar que tenham auxiliado também durante as rebeliões.
A Secretaria da Administração Penitenciária informou que suspendeu anteontem um contrato com a empresa de Diamante para a fabricação de bolas de futebol. A mão-de-obra usada para fazer as bolas era dos presos.
Segundo os promotores, Eduardo Diamante era sócio, na empresa, de um homem que está no regime semi-aberto.
A promotoria ainda investiga a empresa e as suas relações com os presídios. Os três advogados até agora não se manifestaram sobre as acusações.


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