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Audiência pública em São Paulo abrirá debate da CPI da Gorjeta
Disque-denúncia deve ser criado para que funcionários façam reclamações
DANIEL BERGAMASCO
DA REPORTAGEM LOCAL
O repasse da taxa de serviço
cobrada por restaurantes, bares e afins (em geral, de 10% do
valor da conta) voltará ao debate no dia 24 de setembro, quando a Assembleia Legislativa de
São Paulo promoverá audiência pública em preparação para
a CPI (Comissão Parlamentar
de Inquérito) da Gorjeta.
A CPI listará empresas que
embolsam parte ou toda a taxa
de serviço, que não é obrigatória. Segundo a Assembleia, a
previsão é começar os trabalhos no início de 2010.
O tema é polêmico na Justiça
trabalhista, cujas decisões ora
favorecem as empresas, ora os
funcionários, até porque não há
legislação sobre o tema. Nada
diz que as empresas não podem
usar a gorjeta para cobrir despesas. Por isso, foi criado um
projeto de lei -aprovado em
junho pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara
dos Deputados- que cria regras contra essa apropriação.
Sindicatos patronais têm criticado a proposta federal, assim
como reclamam da CPI estadual. "A ideia é tremendamente
ridícula. A sociedade tem problemas muito mais graves para
se preocupar", queixa-se Percival Maricato, da Abrasel-SP
(Associação Brasileira de Bares
e Restaurantes). Já o Sinthoresp (sindicato dos garçons de
SP) trabalha pela CPI.
A deputada Maria Lucia
Amary (PSDB), que propôs a
CPI, diz que a comissão será
abastecida por um disque-denúncia. "Assim, funcionários
reclamarão sem temor de perder o emprego", diz.
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