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GUARULHOS
Estrangulador age de dia
Secretaria faz perfil de ação de criminoso
DA REPORTAGEM LOCAL
O homem suspeito de matar ao
menos dez mulheres em Guarulhos, na Grande São Paulo, ataca
em dia de semana, entre 10h30 e
16h, em bairros de classe média
baixa ou pobres, termina de estrangular suas vítimas com peças
de roupas delas e leva, ao final do
crime, videocassete, televisão ou
aparelho de som da casa.
Esse é o perfil de atuação do suposto ""Maníaco de Guarulhos",
como vem sendo chamado o homem que estaria agindo na cidade
há um ano, nos bairros Taboão e
Vila Galvão, em Guarulhos, e perto de Jaçanã, em São Paulo.
O padrão foi elaborado pela Secretaria Municipal para Assuntos
de Segurança Pública a partir de
14 casos de mortes de mulheres e
meninas. ""De sete a nove deles
podem ter sido cometidos por
ele", diz o secretário Guaracy
Mingardi, 47, que fez o estudo.
A secretaria está pesquisando
inquéritos e processos para descobrir detalhes que podem ajudar
na investigação, como se as vítimas sofrem abuso sexual e como
os maníaco entra nas casas delas.
As mulheres atacadas eram
brancas ou morenas, com idades
entre dez e 30 anos. Todas morreram em casa. Há duas meninas de
sete anos na lista: o nome de uma
foi excluído pela polícia e a outra
está fora da área de atuação dele.
A pedido da secretaria, o psicólogo Nelson Raul de Campos Fragoso fez um perfil provisório do
maníaco -faltam detalhes para
um laudo definitivo. ""Ele entra
para matar, mas não quer parecer
doido, por isso leva algo para justificar o que fez", afirmou o secretário municipal de Segurança.
Os guardas municipais saem
para as rondas com o retrato falado do maníaco, elaborado a partir
do depoimento de duas mulheres
que sobreviveram ao ataque dele
e de informações de testemunhas.
Ontem, cerca de 300 pessoas
participaram de um protesto pedindo a prisão do maníaco, em
um dos bairros onde ele teria matado uma menina de sete anos.
Colaborou o "Agora"
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