São Paulo, sábado, 07 de setembro de 2002

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ORÇAMENTO

Chefe de gabinete diz que há pressão para isso

Secretaria das Finanças pode revisar cortes na área da Saúde

DA REPORTAGEM LOCAL

O chefe de gabinete da Secretaria das Finanças, Fernando Haddad, disse que "há espaço" para revisão do corte no orçamento da Saúde. Quando a prefeitura anunciou a necessidade de contingenciamento, previa não prejudicar a área -promessa não cumprida.
"Há uma preocupação da prefeita com a área e pressão legítima do secretário [da Saúde, Eduardo Jorge" para que consigamos viabilizar alguma margem", disse Haddad na quinta-feira.
Ele afirmou que, mesmo com o contingenciamento, o orçamento da Saúde em 2002 é quase 30% maior do que o do ano passado, em razão da adesão da secretaria da Saúde ao SUS e ao aumento de arrecadação do IPTU. "Pretendíamos gastar mais, desejo que se frustrou com a estagnação econômica. É importante dizer que saímos de um gasto de 13,5% [da receita" para 14,7% dos tributos. Estamos mais do que cumprindo a emenda 29 [emenda constitucional que fixa gastos na Saúde"."
O chefe de gabinete afirma que a pasta não tem avaliação ainda do impacto do contingenciamento sobre cada secretaria porque ainda atualiza as despesas previstas com pessoal, sobre as quais não pode haver corte.
Haddad refutou estimativas do gabinete do vereador Roberto Tripoli (PSDB) que mostram que o impacto não foi igual em todas as pastas e órgãos. Nessa estimativa, alguns foram mais poupados do que a Saúde, como a Comunicação e o gabinete da prefeita.
"Quando a gente fez o decreto, não estava decidido ainda o reajuste salarial que seria dado. Se eu não sei o gasto com pessoal, como eles sabem? As estimativas estão supervalorizadas", encerrou Haddad.
Assessores de Tripoli admitiram que podem ter ocorrido algumas distorções, mas informaram que foram obrigados a trabalhar com os únicos dados disponíveis sobre pessoal, a previsão de gastos na área de cada pasta.


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