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São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2003

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Reforma mudará cara de Camburi

DAS REGIONAIS

Bloquetes coloridos, iluminação, desenhos nas calçadas, ciclovia e calçadas largas. Tudo para fazer jus a uma estrada circundada praticamente só por pousadas e condomínios de alto padrão.
As mudanças tornarão os 3 km da estrada de Camburi, que liga a Rio-Santos à vila de Camburi, na costa sul de São Sebastião, irreconhecíveis se começarem a ser implementadas em março de 2004, como prevê a Sacy (Sociedade Amigos de Camburi). O prazo de execução seria de 150 dias.
As obras na área (reduto quilombola, de preservação ambiental) corrigiriam os problemas causados por chuva, terra, buracos e excesso de carros na alta temporada. O projeto de urbanização e drenagem prevê uma ciclovia de Camburi à praia da Baleia, com 4,2 quilômetros, e a recuperação da ponte e da pista, além de iluminação.
O trecho já pavimentado na entrada do bairro -onde foi usado agregado siderúrgico- também pode receber o tratamento.
Moradores e comerciantes vão bancar as obras pelo Plano Comunitário de Melhorias (PCM), já aprovado pela prefeitura, segundo Marcelo Miranda, presidente da Sacy. O valor da obra levantado até agora foi de R$ 70 por mē.
"Queremos qualidade, fazer uma coisa bonita, não aquele bloquete cinza, quadradão e feio. A ponte terá uma área para as pessoas olharem o rio, as calçadas serão largas. Para não ser radical, o bloquete colorido imitará a cor bege da rua hoje, que terá duas mãos para que passem dois caminhões ao mesmo tempo", explica.

Desvantagens
Segundo Miranda, a urbanização é necessária, mas também tem suas consequências negativas. "A degradação do litoral norte já está acontecendo há mais de cinco anos. Na costa sul de São Sebastião, está sendo feito o mesmo modelo de ocupação que fizeram no litoral sul há dez anos. A pavimentação só vai organizar a bagunça de hoje, o inferno que virou durante a temporada. A urbanização vem evitar o pior."
Na opinião de Teo Balieiro, 27, presidente da Federação Pró-Costa Atlântica, as obras em andamento são positivas, mas precisam de uma política de desenvolvimento sustentável. "É fundamental que haja uma boa gestão do que está sendo feito."


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