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São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2003

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Desmatamento "rico" não é medido

DA REPORTAGEM LOCAL

Para medir o desmatamento na cidade de São Paulo, a equipe do atlas ambiental recorreu a imagens de satélite. A opção tem, portanto, uma distorção de escala, já que é impossível medir cortes muito pequenos ou localizados da vegetação, típicos de áreas mais ricas, explica Patricia Sepe, uma das coordenadoras do estudo.
"Hoje a gente faz uma reavaliação. Nos bairros, por exemplo, na região de Santo Amaro, Brooklin e Chácara Flora [na zona sul], que têm remanescentes menores, mas igualmente significativos, também está havendo desmatamento, que nós não captamos", diz.
Segundo Sepe, há dois movimentos de supressão de vegetação: a periferia, que desmata de forma mais expressiva, e a mudança no perfil de bairros que tinham modelo de ocupação horizontal de alto padrão e estão sendo verticalizados ou adensados.
Esse desmatamento é, entretanto, "menos predatório", diz, porque é controlado de alguma forma pelos mecanismos legais e sociais. "Loteamento de rico, quando é aprovado -porque, se não for, o Ministério Público pega no pé, e os vizinhos reclamam-, tem de manter um estoque de áreas verdes ou fazer compensação. No último ano, o local que mais teve termos de compensação ambiental foi a Subprefeitura de Santo Amaro", completa.
O desmatamento nos distritos que pertencem a Santo Amaro foi de 0,1 km2, o equivalente a 14 campos de futebol oficiais. (MV)


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