|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Para diretor, não houve "ação obscena"
DA REPORTAGEM LOCAL
O diretor da Escola de Artes,
Ciências e Humanidades (USP
Leste), Oswaldo Massambani,
afirmou que a atitude das estudantes Bárbara e Melissa não configurou ato obsceno. "Fiquei sabendo que houve contato corporal próximo, mas não ação obscena", afirmou Massambani.
De acordo com ele, a USP não
faz restrições a namoros e beijos
entre pessoas do mesmo sexo ou
de sexo oposto dentro da universidade. "Eu acho que a liberdade
das meninas existe. Elas não estavam sendo excessivas a um extremo que exigisse uma medida punitiva", afirmou.
O diretor classificou o fato de
"um incidente". Segundo ele, a
universidade vai se reunir com o
comando da Polícia Militar, que
atua na área, para conversar sobre
o papel da polícia dentro da instituição. O encontro deve acontecer
na próxima semana.
"Com isso, evitamos incidentes", disse. Ele afirma que o papel
da polícia é impedir que aconteçam crimes dentro e nas proximidades da universidade.
Disciplina escolar
De acordo com Massambani, se
a policial encarou a atitude das
meninas como imprópria, deveria ter comunicado o fato à guarda universitária ou a outro funcionário da USP. "Assuntos relativos à disciplina escolar estão sob a
égide da universidade", afirmou.
O diretor acredita que a policial
pode ter tido a intenção de tomar
uma medida educativa e que o caso se complicou depois da conversa dela com as meninas. "Pode
ter havido excesso de alguma das
partes durante o diálogo, o que levou o caso a ser registrado". Ele
disse que pediu que um funcionário da universidade acompanhasse as jovens até a delegacia. O funcionário ficou cerca de três horas
na delegacia com as alunas.
O delegado titular de Ermelino
Matarazzo, Carlos Cesar Rodrigues, disse que vai apurar o motivo de as jovens terem permanecido tanto tempo na delegacia.
A professora Kathia Castilho,
que estava na cantina minutos antes da abordagem da policial, afirmou que as alunas estavam sentadas uma no colo da outra numa
mesa com algumas colegas.
"Elas sempre namoraram no
campus e nunca tiveram um
comportamento que passou dos
limites", disse Castilho.
Segundo ela, a maioria dos professores na universidade está
apoiando as estudantes e acha errada a atitude da PM.
(LB)
Texto Anterior: Namoro de garotas vira caso de polícia Próximo Texto: Carinho vigiado: Bar no Rio proíbe beijo "ousado" Índice
|