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CARINHO VIGIADO
Caso de repreensão a casal gay ocorreu também no campus da Uerj
Bar no Rio proíbe beijo "ousado"
DA SUCURSAL DO RIO
Na Lapa, centro do Rio, um
restaurante ganhou fama por
proibir beijos, heterossexuais
ou homossexuais. Além de um
adesivo na parede alertando da
proibição, a Adega Flor de
Coimbra traz em seu cardápio
uma mensagem: "Nos desculpem os casais, pois aqui são
proibidos os beijos ousados".
"Beijo ousado é aquele que
deixa a pessoa sem ar", explica,
com ajuda da mímica, o garçom
Jair de Machado Alves, 26, encarregado de explicar a regra
aos clientes da casa.
"Estalinho pode. Em 2005,
não podemos proibir totalmente os beijos, mas é preciso ter limite", disse Eliete Pereira de
Souza, 40, que cuida do restaurante junto com o marido, João
Batista Moraes, 42.
Ela diz que muitos casais homossexuais já foram advertidos
por excessos, mas não há preconceito. "A regra vale para todos", ressalta.
Quando está em casa, o casal
pode controlar os beijos no restaurante graças a imagens captadas por uma câmera. Um espelho mostra, para quem está
na gerência, as mesas da parte
de cima, mais reservada.
Revogar a proibição é algo que
não está nos planos. "É o afrodisíaco da casa. As pessoas vêm
aqui para experimentar, ver se a
regra funciona", diz Eliete.
Uerj
Por estarem se beijando, dois
estudantes homossexuais foram
repreendidos por um segurança
no campus da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro)
em São Gonçalo (região metropolitana do Rio). O fato ocorreu
no mês de setembro deste ano e
gerou protestos de grupos que
combatem a discriminação de
homossexuais.
"Acontecem muitos casos como esse nas universidades. Mas
as pessoas têm medo de se identificar", acredita o presidente do
grupo Diversidade, Renato
Marques, que está tentando organizar um "beijaço" em protesto contra o que aconteceu na
universidade carioca.
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