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ROMANCE PROIBIDO
Tenente-coronel afirma que orientação sexual de garotas não influenciou comportamento da PM
Polícia nega preconceito contra garotas
DA REPORTAGEM LOCAL
O tenente-coronel Jorge Luiz
Alves, chefe da seção de comunicação social da PM de São Paulo,
negou ontem qualquer tipo de
discriminação por parte da policial que abordou as estudantes na
USP Leste. "O comportamento da
policial seria o mesmo seja qual
fosse a orientação sexual do casal", disse ele, ao justificar o registro do caso como ato obsceno.
Segundo Alves, os policiais são
orientados a não discriminar ninguém. "A formação dos policiais é
esmerada. Os direitos dos cidadãos são conhecidos e respeitados
pelo policial", afirmou.
Alves disse que a reportagem
não pôde ter acesso ao documento registrado na delegacia por se
tratar de um crime sexual. "Esse
tipo de fato corre em segredo de
Justiça. O acesso a documentos
públicos é restrito", justificou.
Ontem pela manhã, o comando
da PM que coordena a área onde a
policial trabalha não apresentou o
documento à Folha, alegando que
ele já havia sido encaminhado à
Justiça. No entanto, até a tarde de
ontem, nada havia chegado ao
Fórum de São Miguel Paulista
(zona leste), para onde deveria seguir o registro policial.
O tenente-coronel não quis comentar o conteúdo do que foi
descrito na ocorrência. "Foi registrado ato obsceno. Não vou falar
os detalhes, o documento será encaminhado ao juiz."
Segundo ele, no documento há
depoimentos de testemunhas que
atestam a afirmação da policial de
que as garotas teriam cometido
ato obsceno. Ele, porém, não falou quem seriam essas pessoas.
Também afirmou que a policial
envolvida no caso não poderia falar, já que ele é o porta-voz da corporação.
(LUÍSA BRITO)
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