São Paulo, domingo, 07 de outubro de 2007

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Moradores foram despejados para acomodar corte

DA SUCURSAL DO RIO

As ordens de despejo reais não garantiam aos moradores indenizações. A corte portuguesa, que fugia dos Exércitos do imperador francês Napoleão Bonaparte, não tinha dinheiro em caixa.
"Houve uma quantidade considerável de famílias e pessoas que necessitavam de moradia ao chegar aqui, inclusive o próprio príncipe, gerando uma demanda habitacional que a cidade não tinha como oferecer, a menos que desalojasse seus próprios moradores, o que acabou por ocorrer", diz a historiadora Renata William, pesquisadora do Arquivo Nacional.
Nas portas das casas desapropriadas, cravava-se um brasão com as iniciais PR, oficialmente "Príncipe Regente". No vocábulo popular, contudo, a sigla ganhou os nomes de "ponha-se na rua" ou "prédio roubado". Até hoje, historiadores divergem sobre a população que migrou de Portugal para o Rio na época. O número estimado varia entre 500 e 6.000, mas já se falou em até 15 mil.


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