São Paulo, quarta-feira, 08 de janeiro de 2003

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Redes estadual e municipal têm fila

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar das críticas do novo secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, a situação dos hospitais estaduais não difere, segundo os próprios usuários, da dos hospitais municipais.
No pronto-socorro estadual do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, na zona norte de São Paulo, o paciente é recebido com uma placa no pré-atendimento: "Tempo de espera: duas horas".
Além das filas, a burocracia é grande. Juraci Pereira, 39, acidentou-se na semana passada e o resgate o levou à unidade do Mandaqui. Ontem, chegou às 11h para conseguir um atestado médico. Às 14h30, sua mulher, Soraia, soube que o documento deveria ter sido obtido em outra unidade.
Já no PS municipal de Santana, também na zona norte, o movimento ontem à tarde era considerado tranquilo. Ontem houve greve parcial de ônibus na cidade.
Mas, no hospital municipal Waldomiro de Paula, em Itaquera (zona leste), o vendedor Anderson Franklin, 20, disse ter esperado quatro horas para ser atendido. "A médica foi ótima, mas faltam funcionários."
O carpinteiro José da Hora, 47, chegou ao hospital às 12h. Até as 16h30, não havia sido atendido.
A dona-de-casa Luciene Alves de Souza, 26, grávida de nove meses, chegou às 10h ao hospital estadual de São Mateus (zona leste) para um exame de ultra-som pedido pela ginecologista. A médica disse que o exame não seria feito por não ser urgente.


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