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INTERIOR DE SP
Pais decidem destrocar bebês de 11 meses
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Os pais de dois bebês trocados
na maternidade da Santa Casa de
Misericórdia de São Joaquim da
Barra anunciaram ontem que
irão destrocar as crianças e entrar
com uma ação na Justiça, com o
apoio do Ministério Público, para
pedir indenização e apuração de
responsabilidades do hospital.
A troca foi confirmada na última segunda-feira depois que todas as cinco meninas nascidas no
mesmo dia passaram por exame
de DNA, após suspeita de um dos
pais. As duas crianças trocadas
nasceram às 7h20 do dia 7 de fevereiro de 2003 e completaram ontem 11 meses de idade.
Foi o segundo caso de bebês trocados na região em menos de seis
meses. Em 2003, o pai de uma menina de 11 anos confirmou que
sua filha havia sido trocada na
Santa Casa de Sertãozinho. Nesse
caso, porém, as famílias decidiram não destrocar as filhas, mas
acabaram ficando amigas.
Segundo o promotor de Justiça
da Infância e Juventude de São
Joaquim da Barra, Murilo César
Lemos Jorge, 30, foi instaurado
um pedido de providência, que
anulará os registros das crianças,
promoverá os termos de visitação
e a troca gradual dos bebês.
"Não temos dúvidas sobre a responsabilidade da Santa Casa. Não
podemos, no entanto, entrar com
uma ação criminal no caso porque não existe "o crime de trocar
bebês'", disse o promotor.
A Santa Casa de São Joaquim da
Barra informou que pretende
contratar uma psicóloga para
acompanhar as famílias e que irá
apoiar a educação das duas meninas até os 18 anos de idade.
O promotor afirmou que amanhã ocorrerá uma nova audiência
para que os pais definam o processo de aproximação e troca dos
bebês. Ontem à tarde os pais foram à Promotoria, mas, nervosos,
não quiseram dar entrevistas.
O avô de uma delas disse esperar que elas possam viver como
irmãs gêmeas.
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