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Ministro critica falta de projeto
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro Paulo Vanucchi, da
Secretaria de Direitos Humanos
da Presidência, disse ontem que
os repasses de verba para a Febem
paulista estão bloqueados por falta de projetos socioeducativos do
Estado. E o governo, disse, também não estaria dando provas de
ações efetivas contra tortura.
A Secretaria de Direitos Humanos, ligada ao gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
chegou a divulgar nota pedindo
apuração rígida de maus-tratos
praticados contra os internos.
O texto foi divulgado horas depois de o governador Cláudio
Lembo (PFL) cobrar repasses do
governo federal e criticar o presidente Lula, que, em discurso anteontem, citou a Febem para tentar atingir indiretamente seu provável oponente na eleição de outubro, o presidenciável Geraldo
Alckmin (PSDB).
"Fico triste que o presidente Lula não tenha tido limite em suas
palavras", disse o governador.
Segundo Vanucchi, apenas em
fevereiro o Conanda (Conselho
Nacional dos Direitos da Criança
e do Adolescente) recebeu uma
proposta do governo.
Lembo voltou a criticar, sem citar nomes, membros de ONGs
que fiscalizam a Febem. Já tinha
culpado indiretamente as entidades, citando "agentes externos"
como provocadores do motim no
complexo Tatuapé.
Vanucchi protestou. "É uma expressão do período militar, quando a Arena negava a existência de
tortura no país." Lembo era da
Arena, partido que sustentava politicamente o regime.
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