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outro lado
Exército só "acompanha" polícias, diz promotor militar
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público Militar,
que acompanha a ação do Exército em Caçapava, disse não haver irregularidade na operação
militar. "Está tudo bem. Até
causou estranheza essa situação", disse o promotor de Justiça Militar Ednilson Pires.
Mesmo não considerando
haver irregularidade, ele disse
acreditar ser possível haver
uma redução do efetivo nas
ruas ou a saída completa nos
próximos dias.
Isso não quer dizer, no entanto, segundo o promotor, que
os militares não continuem utilizando a inteligência para
prosseguir nas apurações.
Pires disse ainda que, fora do
quartel, o Exército apenas
"acompanha" o trabalho das
polícias Militar e Civil nos pontos de bloqueio em ruas e avenidas ou realiza diligências
-autorizadas pela Justiça-
dentro da investigação do Inquérito Policial Militar (IPM).
O promotor afirmou que as
investigações estão evoluindo
positivamente, mas que não
poderia dar detalhes que as
atrapalhassem.
Sobre as suspeitas de toque
de recolher e de agressão, Pires
disse não conhecer nenhuma
denúncia nesse sentido. "Há
um certo exagero." Mas, diz ele,
se houver alguma denúncia sobre abusos pelos militares, ela
será investigada com rigor.
Autoridades de São José dos
Campos dizem tratar as denúncias anônimas com certa prudência, que poderiam ter a finalidade de afastar o aparato militar de pontos de venda de drogas, por exemplo.
Oficial de comunicação
O tenente-coronel José Mateus Teixeira Ribeiro, oficial de
comunicação do Exército, em
Caçapava, foi procurado ontem
para comentar o assunto.
Ele chegou a atender a ligação, pediu para que a reportagem retornasse, mas não foi encontrado. A Folha deixou recados em seu celular e no quartel,
mas, até o fechamento desta
edição, não obteve resposta.
Em entrevistas anteriores,
Ribeiro afirmava não ver ilegalidade na ação porque não a
considerava uma ocupação militar. Para ele, a operação não
tem semelhança alguma com a
ocorrida no Rio de Janeiro, em
2006, quando o Exército ocupou um morro durante 12 dias.
No Rio de Janeiro, a Justiça
foi acionada para autorizar a
operação militar.
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